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Em tempos de autogestão na música, quais são as funções de uma Gravadora?

A dinâmica do ecossistema do mercado da música com a inserção do digital ampliou e renovou os rumos da indústria.

O mercado que era de poucos, através da força e casting das gravadoras, hoje é de muitos; com a possibilidade da autogestão, presença de plataformas e muito mais informações disponíveis sobre os movimentos e estratégias do mercado.

Pensando nesse novo cenário, a IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) criou um organograma a partir do olhar de uma Gravadora que gerencia um artista e que possui métodos de trabalho cada vez mais flexíveis.

Afinal, quais são as funções de uma gravadora?

Pensar nessa pergunta é interessante para entendermos, ainda mais, as engrenagens que envolvem um artista e isso pode ser tanto para uma relação com uma Gravadora, ou, para um artista independente.

O modelo apresentado pela IFPI traz uma visão de trabalho macro. Ou seja, colocando em correspondência com o Brasil, muitas funções acabam sendo realizadas dentro de um único setor, aqui no país.

Atuando como parceira para ajudar os artistas a alcançar o sucesso comercial e criativo, uma gravadora fornece uma ampla rede de pessoas criativas e de apoio que nutrem e desenvolvem artistas, ajudando-os a se conectar e se conectar com os fãs de várias maneiras, a cada passo da sua jornada musical.

Confira o organograma criado pela IFPI abaixo:

Créditos: IFPI (Record companies:Powering the music ecosystem)/Reprodução

A IFPI dividiu em 12 setores as funções que gerenciam um artista dentro de uma Gravadora.

De maneira geral, as Gravadoras podem fornecer aos artistas:

Recursos e pessoas: para apoiar uma equipe de crescimento, onde necessário;
Investimento: para realizar sua visão artística;
Experiência: para se envolver com os mercados em todo o mundo;
Relacionamentos: conectá-los a outros artistas e outros criadores;
Suporte: com a criação e gravação de suas músicas
Coordenação global: ajudando a alcançar fãs no mundo todo

Sobre as áreas de trabalho

– Non-Record Income (Renda Indireta, venda e lincenciamento de produtos):

Área voltada para ajudar a criar a vender produtores de artistas seja em shows ou por meio do site do artista.

– A&R (Artistas & Repertório):

Responsáveis em descobrir novos talentos artísticos e levá-los para a gravadora.

Na organização da IFPI, dentro desse setor também fica toda a parte de produção musical do artista e criação de repertório.

– Business Affairs & Legal (Assuntos Legais, Direitos Autorais e de Negócios):

Equipe que lida com a parte legal do artista, envolvendo Direitos Autorais à elaboração de contratos e regulamentações.

– Commercial Services (Área Comercial):

Time responsável pelas vendas dos artistas, seja no âmbito físico ou no digital

– Marketing:

Área responsável pelas campanhas online e offline que impulsionam o crescimento do artista tanto no âmbito offline, quanto online. Eles quem gerenciam ações de investimento publicitário e monitoram os números de vendas.

– Sync / Brand (Sincronização e Marca – Publicidade):

Setor responsável na criação de parcerias entre marcas e artistas. A equipe analisa quais marcas possuem relação com o perfil do artista para possíveis negócios em conjunto.

– Video Production (Produção de Vídeo):

Setor que cuida de todo o conteúdo de vídeo do artista, seja na produção de clipes ou de vídeos específicos para as Redes Sociais.

– Creative Services (Criação):

Responsável pela criação gráfica do artista: flyer, outdoors, artes específicas para as Redes Sociais, bem como, criação da arte de capa de álbuns ou singles.

– Publicity & Press (Publicidade e Assessoria de Imprensa):

Equipe responsável pela divulgação do artista nos veículos de comunicação, incluindo rádio, TV e online.

– Promotion (Promoção):

Aqui a IFPI analisa esse setor como responsável em promover o artista. Seja na criação de fotos de divulgação, criação de playlists, presença da música nas rádios, bem como, organização da agenda do artista.

– Data Insights (Ideias de Dados):

Área de análise de dados e métricas em toda a cadeia digital e offline para ajudar o artista a desenvolver estratégias e verificar resultados.

– Catalogue (Catálogo):

Setor que para a IFPI analise oportunidades para a música após um ano de lançamento. Podemos entender que esse setor, para eles, ajuda nas vendas e na criação do histórico artístico, que ajudam na criação de um case de sucesso e na análise de desempenho.

 

O organograma da IFPI traz dados gerais, mas, cada um desses setores podem ter vários desdobramentos.

Seja para artista independente ou vinculado a uma gravadora, o modelo organizacional e a estratégia utilizada é única.

E as funções gerais podem ser cada vez mais flexibilizadas de acordo com o estilo do artista.

 

 

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