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Em live, Cassiane minimiza Covid-19 e descumpre regras de distanciamento: “coronga não pega em nós”


Depois de romantizar a violência doméstica em seu clipe, Cassiane viu seu nome envolvido em mais uma polêmica neste fim de semana. Ao participar de uma live solidária no canal de Aline Barros, na noite de sábado (18), a cantora gospel minimizou o impacto do coronavírus e descumpriu algumas regras de distanciamento recomendadas pelas autoridades de saúde.

De acordo com informações da colunista Fábia Oliveira, do O Dia, a Cassiane já entrou no palco descumprindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) que determina o distanciamento social. Ela distribuiu abraços e apertos de mão em Aline Barros.

Cantora gospel Cassiane participou de live e descumpriu regras de distanciamento social (Foto: Divulgação)

Depois de sua apresentação, a cantora voltou a abraçar Aline e, dessa vez, minimizou o impacto da doença que já matou mais de 70 mil pessoas no país. “Gente, o ‘coronga’ não pega em nós, não, aleluia! A gente está sendo muito cuidadosa”, disse. “Não fique preocupado, porque eu ouvi de um infectologista que, no mundo inteiro, 99% das pessoas vai pegar. Como o Senhor também cuida, e a gente faz a nossa parte… Eu cheguei de máscara e tirei porque senão como é que eu canto? Mas desde a hora que eu cheguei eu estou com a minha mão que é álcool puro”, justificou.

A anfitriã da live, Aline Barros, também não se conteve e distribuiu abraços para outras convidadas da atração. As cantoras Bruna Karla e Fernanda Brum foram algumas delas. “Eu não posso beijar, gente? Não posso abraçar? Ah, pode! A gente já se abraçou escondido” disse Fernanda Brum. Mais de 20 mil pessoas assistiam à live noYouTube.

Clipe romantiza violência

A cantora gospel Cassiane estreou um clipe novo, “A Voz”, na última sexta (17/7) e vem sendo criticada desde então – inclusive pelos próprios fãs. O vídeo retrata uma história de violência contra a mulher e Cassiane está sendo acusada de romantizar o tema.

Embora a descrição do vídeo traga a mensagem “DISQUE 180 para denunciar violência contra a mulher”, não é isso que o clipe retrata. Nele, a personagem agredida pelo marido ora a Deus para que o homem mude, em vez de denunciá-lo. Os dois terminam o clipe fazendo as pazes quando o marido aparece com a mão na Bíblia.

“A Voz” repercutiu mal

Cassiane é criticada por romantizar violência doméstica em clipe
(Foto: Divulgação)

O roteiro do clipe não agradou o público e o vídeo recebeu uma chuva “dislikes”. Até o fechamento desta matéria, eram mais de 30 mil “dislikes”, contra pouco mais de 8 mil curtidas. A maioria dos comentários no YouTube é negativa. Uma mulher escreveu: “não se esqueça de denunciar o vídeo. Violência doméstica é crime!”.

Outra pessoa falou: “que desnecessário esse clipe! Com tantas lutas e empenho de mulheres, tal qual a Maria da Penha, vem alguém fazer um incentivo sem fundamentos. A Bíblia ensina a orar? Ok! Mas ensina a vigiar primeiro. O texto diz ‘vigiai e orai’. A ordem não é inversa”.

Diretora artística rebate as críticas

A diretora artística Marina de Oliveira, a frente da gravadora MK Music, que representa Cassiane, rebateu a onda de críticas no YouTube. “Não podemos esperar que pessoas que ainda não foram alcançadas pela graça de Deus compreendam a profundidade da história. Essas pessoas não acreditam que Deus em sua misericórdia tem poder para mudar a vida e o comportamento de uma pessoa. Para enxergar e compreender isso é preciso se converter”, escreveu.

“Como esta mulher do clipe, existem milhares de outras que sofrem agressão e a decisão da denúncia é de cada uma delas. Notem que não fica claro no clipe se a mulher denunciou o marido. Quem sabe, quando ela foi embora também não ligou para denunciar? (…) Assim como não aparece a mulher denunciando, também não aparece ela voltando para casa. O clipe termina em aberto justamente por ser um assunto tão íntimo, delicado e polêmico”, disse.