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Em dia chuvoso no RJ, o duo OutroEu visitou a Casa do POPline e conversou sobre os novos projetos


Esta quinta-feira (5/09) amanheceu chuvosa no Rio de Janeiro, mas não foi empecilho para Mike Túlio e Guto Oliveira visitarem a Casa do POPline. O duo carioca OutroEu vem se destacando no cenário nacional com um pop folk romântico, que vem fazendo a cabeça de muita gente há pouco mais de três anos, desde que conquistaram o 3º lugar no programa “Superstar”. Com o recém-lançado EP “Encaixe” na praça, os amigos têm excursionado pelo país ao mesmo tempo que vivem a expectativa das gravações de um novo álbum que está em produção. O bate-papo informal aconteceu em nossa sala de cinema, mas eles já têm data para voltarem à sede do POPline para tocar, bem como realizar outras atividades. Confere aí:

Mike e Guto conversaram com o repórter Daiv Santos sobre os próximos passos do OutroEu.

POPline – Quero começar perguntando a quantas anda o novo disco e o que os fãs podem esperar da sonoridade dele?
MIKE – A gente tá muito empolgado com o disco novo. Em questão de sonoridade, estamos na pilha de resgatar o que tinha no primeiro CD, esse lance de violão ser muito eu e Guto, mas sem deixar de lado as experimentações do EP. Mas tudo é um processo e a gente vai se entendendo no meio do caminho. A gente tem essa vontade de fazer essa fusão.

GUTO – A gente tem as faixas-guia (espécie de faixa-demo) e estamos ainda selecionando as músicas, montando um conceito com aquelas que dialogam entre si.

E chega ainda este ano?
G – A gente queria que fosse, mas parece que sai no início de 2020.

M – É que a gente se pauta pela música, sabe? Por isso que não temos essa resposta concreta. A gente fecha todas as músicas, busca as referências pra depois saber o que vai ser o álbum.

Quando vocês vão escolhendo as faixas, eu imagino que em algum momento vocês observam que determinada música ficaria bem na voz de alguém. Vocês já colaboraram com Sandy, Anavitória e Nina Fernandes. Teremos participações nessas novas faixas?
M – Estamos pensando em termos participações sim. Ainda não temos aquela resposta concreta, mas a gente está a fim de convidar. Tem músicas que a gente sempre comenta que combina com fulano. Se soltarem a gente no mundo dos “feats”, nosso disco só vai ter participações. Aí o nome do álbum seria “Feats”, porque teríamos 12 faixas só com pessoas que a gente quer.

G – Ainda não convidamos ninguém. Mas a gente tem o sonho de fazer algo com o Caetano Veloso, que é nosso padrinho na música. Mas é sonho apenas.

Sim, eu iria tocar no nome de Caetano. Vocês sempre falam sobre essa admiração, mas já tomaram coragem para se aproximarem, se conhecerem melhor?
G – Essa aproximação ainda não rolou e a gente tá… (balança a cabeça como se estivesse tentando)

Vocês estão divulgando o EP “Encaixe”. A vida na estrada tem sido prazerosa?
G – Tem sido extremamente prazerosa, com a galera cantando todas as músicas do primeiro disco, do EP. Tem sido uma piração pra mim. Chegar numa cidade e ver a galera feliz. A gente sai emocionado do palco.

Conseguem lembrar de alguma cidade que o show tenha sido acima das expectativas?
M – Desses shows agora, São Paulo foi bem bizarro. A gente ficou muito emocionado. BH também foi incrível. Não dá pra mensurar, de verdade. A gente tá no corre, fazendo as músicas, viajando pra lá e pra cá com o violão. Isso pra poder fazer as músicas, pra elaborar o trabalho. Quando chega no ponto final, que é o show, ver a galera cantando as músicas, é muito maneiro.

G – Ano passado a gente foi para o Nordeste pela primeira vez. Passamos por Salvador, Recife e Fortaleza. Chegar lá e tudo acontecer do jeito que aconteceu foi surreal. A gente vai voltar no fim deste mês pra Salvador e Fortaleza e a gente já está animado pra ver como vai ser dessa vez.

Ambos são arianos, signo de Fogo. Mas a música de vocês é mais “good vibes”. Mas no dia a dia, quem é o ariano mais raiz e o ariano “Nutella”?
G – Eu acho que sou ariano mais raiz, mas tenho me controlado bastante. Com o passar dos anos estou menos explosivo. Como o Mike é mais tranquilo, acho que a convivência tem me ajudado nesse sentido.

M – É o meu ascendente em Câncer [risos].

Como amigos de longa data, vocês se conhecem suficientemente bem pra dizer a maior qualidade e o maior defeito do “eu” do “outro”…
M – Humm… uma qualidade do Guto? Ele é bem espoleta. Ele chega no palco, dá maior soladão na guitarra. Ele pega as coisas muito rápido. Gosto disso. Às vezes a mesma qualidade é também um defeito. Porque ele é porreta e às vezes se excede um pouco.

G – O Mike é muito dedicado. É uma das qualidades que mais percebo nesses anos todos que a gente compõe, canta, dá ideias. Agora, o maior defeito dele talvez seja o fato dele ser mais desligado. Como eu sou mais elétrico, ele às vezes tá mais na dele, pensando em outras coisas. Não chega a ser tanto um defeito.

Desde o programa “SuperStar” até aqui já se passaram três anos. Qual o balanço que vocês fazem desses anos iniciais e como vocês se imaginam daqui a três anos?
M – O programa foi muito importante pra gente entender o nosso formato, se entender como um projeto. A gente reviu nossas apresentações, o que erramos por nervosismo ou esquecimento.

G – O balanço, pra mim, é que a gente tem se entendido melhor, tem sido um ano de muito aprendizado e dedicação nossos.

M – Foi a primeira vez que tivemos nosso trabalho exposto para as pessoas. A gente não sabia como iria ser. Até então somente nossos amigos e a galera da nossa cidade conhecia nosso som. A gente é de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Eu espero que nesses três anos a gente continue nessa crescente de trabalho.

G – Acho que, no fundo, a gente gosta de não ter muita ideia do que vai ser. Claro, a gente projeta, imagina, sonha, deseja, mas estamos trabalhando pro sonho acontecer.