A IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), a organização que representa a indústria da música gravada em todo o mundo, publicou na última semana (4) o relatório anual Global Music Report.
Frances Moore, CEO da IFPI, disse: “O Global Music Report que emitimos abrange os resultados de 2019 e reflete o trabalho e investimento bem-sucedidos de criadores de música – de gravadoras a artistas e além. É importante ressaltar que a base sólida que construímos nos últimos anos ajudou a proporcionar crescimento em 2019.
Embora os números que estamos relatando sejam um instantâneo dos negócios no ano passado, a pandemia do COVID-19 apresenta desafios inimagináveis há apenas alguns meses. Diante de uma tragédia global, a comunidade musical se uniu por trás dos esforços para apoiar as pessoas afetadas. Essa é uma prioridade crítica e contínua, pois nossas gravadoras membros trabalham para continuar a apoiar as carreiras de artistas, músicos e funcionários em todo o mundo”, afirma.
Os resultados do último ano representam o destaque na receita de streaming representando 56,1% da receita total da indústria musical. O Brasil representa o 10º mercado mundial da música.
Incluindo canais de streaming, canais digitais vendas físicas de álbuns e singles,em todos os países, a IFPI também reuniu os maiores artistas de 2019:
1º – Taylor Swift
2º – Ed Sheeran
3º – Post Malone
4º – Billie Eilish
5º – Queen
6º – Ariana Grande
7º – BTS
8º – Drake
9º – Lady Gaga
10º – The Beatles
Resultados globais de 2019
No ano de 2019, a receita total do mercado mundial de música gravada cresceu 8,2%, para US$ 20,2 bilhões.
A receita de streaming cresceu 22,9%, para US$ 11,4 bilhões, e pela primeira vez representou mais da metade (56,1%) da receita mundial de música gravada. O crescimento no streaming mais do que compensou um declínio de -5,3% na receita física, uma taxa mais lenta do que em 2018.
Esse crescimento no streaming foi impulsionado por um aumento de 24,1% no fluxo de assinaturas pagas, com quase todos os mercados relatando crescimento nessa área. Havia 341 milhões de usuários de serviços de streaming pagos no final de 2019 (+ 33,5%), com o streaming pago representando 42% da receita total de música gravada.
O trabalho e o investimento das gravadoras continuaram a impulsionar o crescimento dinâmico em diversos mercados da música em 2019; suas redes globais apoiam artistas e suas comunidades musicais, permitindo que eles se envolvam e influenciem outras em todo o mundo, aponta a IFPI.
Foto: IFPI GLOBAL MUSIC REPORT 2020 – THE INDUSTRY IN 2019 | Créditos: IFPI
Destaques regionais de 2019:
Pelo quinto ano consecutivo, a América Latina foi a região que mais cresceu (+ 18,9%), com seus três maiores mercados crescendo fortemente: Brasil (+ 13,1%); México (+ 17,1%); e Argentina (+ 40,9%).
A Europa, a segunda maior região do mundo, cresceu 7,2% – depois de quase estável em 2018 – com Reino Unido (+ 7,2%), Alemanha (+ 5,1%), Itália (+ 8,2%) e Espanha (+ 16,3%) apresentando forte crescimento.
A Ásia teve um crescimento geral de 3,4%, uma taxa de crescimento mais lenta que 2018, mas isso se deveu principalmente ao Japão (-0,9%), que viu um declínio nas vendas físicas (-4,8%), seu formato dominante. Em outras partes da região, Coréia do Sul, China e Índia tiveram um forte crescimento (8,2%, 16,0% e 18,7%, respectivamente).
A Australásia cresceu 7,1%, com as receitas digitais totais aumentando 11,6% e as receitas com formato físico caindo 20,4%. A Austrália, um dos 10 principais mercados, registrou um crescimento de 6,0%, com a vizinha Nova Zelândia registrando um aumento de 13,7%.
Os EUA e o Canadá cresceram 10,4%, permanecendo a maior região para receitas de música gravada, respondendo por 39,1% do mercado global. Os EUA cresceram 10,5%, seu quinto ano consecutivo de crescimento. O Canadá, que ficou praticamente estável no ano anterior, aumentou 8,1%.
Foto: IFPI GLOBAL MUSIC REPORT 2020 – THE INDUSTRY IN 2019 | Créditos: IFPI
Para acessar o relatório da IFPI na íntegra, clique aqui.