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Eloy Casagrande explica por que trocou o Sepultura pelo Slipknot

“Eu não queria parar de tocar bateria aos 33 anos de idade”

Foto: Slipknot no IG

A saída de Eloy Casagrande do Sepultura foi conturbada, mas agora a gente entendeu o motivo. O baterista contou detalhadamente por que decidiu trocar a banda brasileira pelo Slipknot em entrevista à Veja SP.

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“Eu recebi o convite para fazer o teste depois do anúncio da turnê. O grande lance, da razão de eu ter aceitado fazer a audição, foi o final do Sepultura. A banda iria acabar, e eu não queria parar de tocar bateria aos 33 anos de idade”, explicou.

Apesar da decisão, inicialmente, a ideia era conciliar as duas bandas, o que não foi possível por causa da agenda de ambas.

“Rolou um papo com o Slipknot, perguntei sobre a agenda deles, se daria para conciliar as duas bandas, mas eles falaram que não, não teria como, eu seria exclusivo. Então foi uma decisão minha, pelo término do Sepultura. Foi complicado, eu comuniquei eles quando tinha fechado o acordo, no dia 5 ou 6 de fevereiro. Logo nesse dia eu convoquei uma reunião e expliquei a situação. Foi isso, uma decisão individual.”

Após de mais uma década no Sepultura, Eloy fez questão de exaltar o período que passou com o grupo. A banda brasileira é uma das mais celebradas e influentes do rock e metal.

“Foi um aprendizado gigantesco. Foram muitos anos, três álbuns de estúdio. Álbuns ao vivo. Muita composição. Muito tempo que a gente viajou junto. Olho para trás com um grande carinho e muita admiração. Além de um sentimento de muita gratidão, por todos esses anos. Por eles terem, naquela época, acolhido um baterista de vinte anos, dando uma grande responsabilidade na mão de uma criança”.

 

Chegada no Slipknot

Eloy Casagrande estreou ao vivo no Slipknot no dia 25 de abril e foi anunciado nas redes sociais da banda no dia 30 do mesmo mês. Ele compartilhou também os momentos que antecederam a sua entrada no grupo de Iowa.

“Inicialmente foram três músicas, depois me pediram mais três, e perguntaram se eu tinha algum plano de ir para os Estados Unidos, e eu tinha uma apresentação marcada lá em janeiro, com o meu projeto de música instrumental, Casagrande & Hanysz.

Então eles adiantaram um pouco o meu voo, e fiquei cinco dias em Palm Springs, ensaiando com a banda completa. Depois eles me pediram para estender a estadia em mais cinco dias, para a gente gravar algumas coisas. Acho que isso também fazia parte dessa audição, eles jogavam ideias novas para mim, para ver como era a minha composição. Eles queriam me testar em todos os sentidos.”.