in ,

Eddie Redmayne se arrepende de viver mulher trans em A Garota Dinamarquesa

Eddie Redmayne interpretou a pintora trans Lili Elbe no cinema.

Eddie Redmayne se arrepende de viver mulher trans em A Garota Dinamarquesa
(Foto: DIvulgação)

O ator Eddie Redmayne não faria o filme “A Garota Dinamarquesa” (2015) se o convite fosse feito hoje. O inglês disse, em entrevista ao The Times, que se arrepende de ter interpretado uma mulher trans. Seu ponto é: um artista transgênero devera ter ocupado esse espaço de destaque.

“Eu não o aceitaria hoje. Eu fiz esse filme com a melhor das intenções, mas acho que foi um erro. A discussão maior sobre as frustrações em torno dessa escalação aconteceram porque muita gente não tem um assento na mesa. Precisa haver uma reparação, ou vamos continuar tendo esses debates”, disse.

Eddie Redmayne se arrepende de viver mulher trans em A Garota Dinamarquesa
(Foto: DIvulgação)

Leia mais:

Lili Elbe foi uma pintora transgênero

No filme, ele dá vida à pintora Lili Elbe, uma das primeiras pessoas transgêneros do mundo a passar por uma cirurgia de redesignação sexual. Lili Elbe existiu de verdade. Ela foi uma artista de sucesso e morreu por complicações da primeira tentativa de transplante de útero do mundo.

Eddie Redmayne se arrepende de viver mulher trans em A Garota Dinamarquesa
(Foto: Getty Images / Uso autorizado POPline)

Por esse papel, Eddie Redmayne foi indicado ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao BAFTA. Sua performance foi aclamada pela crítica, mas também levantou discussões sobre “trans fake”: quando um ator cis interpreta personagens trans, enquanto artistas transgênero continuam sem acesso ao mercado.

Na época, o ator se disse aberto a entender melhor o tema. “Eu acredito que essa seja uma importante discussão. E eu acho que ela representa que há muita discriminação contra pessoas trans no ambiente de trabalho em geral. Acho que há anos de sucesso cisgênero em cima de história de pessoas trans… Eu espero que haja um dia quando haverá mais atores trans e atrizes trans interpretando papéis trans e papéis cis. E eu espero — como qualquer ator iria esperar — que as pessoas possam interpretar qualquer tipo de papel se o fizer com um senso de integridade e responsabilidade”, disse em 2015.