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Ecad: 1º semestre tem queda de 19% na distribuição autoral

De janeiro a junho deste ano, foram distribuídos R$ 399 milhões a 185 mil autores
Foto: Kevin Schmid/Unsplash

O avanço da vacinação no Brasil já enche a indústria da música de esperança pela possibilidade de controle da pandemia este ano e da retomada de shows e eventos. No entanto, os rendimentos provenientes dos direitos autorais em execução pública de música distribuídos pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) nos seis primeiros meses de 2021 mostram que compositores e artistas continuam a sentir o impacto do Covid-19.

“A expectativa é que, com o avanço da vacinação e a imunização da população, seja possível programar a volta dos shows e dos eventos para o fim deste ano. Este é um segmento importante para os compositores e artistas no Brasil e também para a arrecadação e a distribuição dos direitos autorais”, disse Isabel Amorim,  superintendente executiva do Ecad.

De janeiro a junho deste ano, foram distribuídos R$ 399 milhões a 185 mil autores, músicos, intérpretes, editoras e produtores fonográficos, além das associações de música. Esse valor representa uma queda de 19% em comparação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e junho de 2020, a distribuição de direitos autorais foi de R$ 497 milhões, sendo que os três primeiros meses não foram impactados pela pandemia.

Alguns segmentos foram mais afetados neste período e apresentaram queda expressiva de rendimentos. No segmento de “Música ao vivo”, a verba destinada aos titulares de música este ano foi 78% menor do que o valor do mesmo período do ano passado. O segmento de “Shows” também teve uma queda significativa e chegou a apresentar 76% a menos do que foi distribuído em 2020. O cenário também foi negativo para o segmento de “Casa de Festas e Diversão” com uma queda de 65%.

Por outro lado, o segmento de streaming de vídeo apresentou um crescimento no valor distribuído neste primeiro semestre e a classe artística recebeu 47% a mais do que em 2020. O aumento do consumo digital durante a pandemia pode ter sido um dos motivos para o crescimento do segmento, assim como a atuação da gestão coletiva da música no Brasil, formada pelas associações Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC, além do Ecad, que intensificou as negociações de acordos e renovação de contratos com plataformas digitais para licenciar a utilização da música.

 

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