Kesha não conseguiu. A audiência do seu processo contra Dr. Luke ocorreu nesta sexta (19/2), em Nova York, e quem saiu vitorioso do tribunal foi o produtor. Apesar da acusação de abuso sexual contra ele, o juiz responsável pelo caso considerou que a quebra de contrato era infundada, sem embasamento. “Você está pedindo ao tribunal para dizimar um contrato que foi amplamente negociado, e que é típico dessa indústria”, afirmou.
O juiz também ressaltou que Dr. Luke investiu US$ 60 milhões na carreira da cantora e compositora, dividindo-se entre as funções de produtor e empresário. Quebrar o contrato era algo fora de questão. Ele disse, porém, que o produtor permitiu que ela gravasse músicas novas sem seu envolvimento. Quanto ao lançamento deste material, no entanto, nada foi especificado. Como empresário, Dr. Luke lucraria com tudo que Kesha fizesse, com ou sem ele.
A decisão do tribunal contrariou a movimentação de fãs da Kesha na porta da audiência, pedindo por sua “liberdade”. Mark Geragos, advogado da estrela, afirma que a carreira rentável de uma popstar é curta e que, se ela não pudesse se ver livre desse contrato logo, isso a arruinaria. Sem poder lançar músicas inéditas, e um disco, sem Dr. Luke, ela acaba sumindo da mídia, o público perde o interesse e ninguém a contrata para shows.
Kesha entrou com o processo contra Dr. Luke, até então seu mentor, depois que ficou um tempo internada em uma clínica de reabilitação, tratando de distúrbios alimentares. Como motivo para quebra do contrato, ela afirma ter sido drogada e violentada pelo produtor, além de ter sofrido terrorismo psicológico, incentivando seus problemas alimentares. Dr. Luke, no entanto, diz que ela e sua mãe querem apenas dar um golpe, quebrando o contrato sem pagar a multa devida.