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Dossiê AG4: tudo sobre os preparativos para o álbum novo de Ariana Grande

Ariana Grande nunca chegou a ficar dois anos completos sem lançar álbuns. O último, “Dangerous Woman”, saiu em maio de 2016, o que significa um ano e nove meses atrás. Todo mundo sabe que está na hora de um novo. Ela mesma já disse que há um disco a caminho. Os fãs estão na expectativa. Recentemente, ela tirou do ar o site criado para o álbum “Dangerous Woman”, deixando claro que a página está virada. Mas o que esperar desse novo projeto? “Ela tem uma voz tão extraordinária e é hora de cantar as músicas que a definem”, diz o empresário Scooter Braun, “Whitney, Mariah, Adele… Quando elas cantam, essa que é a música delas. Ariana tem grandes momentos vocais, e é o momento de valorizar isso”.

A cantora já recebeu quatro indicações ao Grammy e todos seus álbuns foram certificados pelo menos como platina nos Estados Unidos. Ela colocou oito singles no Top 10 da Billboard Hot 100 no intervalo de três anos. “Problem” e “Bang Bang”, dois de seus maiores sucessos, têm certificados de 6x platina no mercado norte-americano. Ariana é sucesso de público e de crítica. Sua última turnê contou com 72 shows em arenas de quatro continentes. Falando nisso, a “Dangerous Woman Tour” acabou marcada por aquela noite fatídica em que Ariana cantou em Manchester e o local foi atacado por um bombardeiro terrorista que matou 22 pessoas. Dificilmente, o tema ficará de fora das composições da artista. Ela deve usar a música para expressar a dor e lidar com o acontecido (a própria experiência no show beneficente “One Love Manchester” aponta para isso). “Eu não acho que tenha passado por algo tão traumático antes”, ela diz.

Sua força em continuar a turnê foi reconhecida por todos. Em 2017, a Billboard chamou Ariana de “ícone gay de sua geração”. Ela tem discursos muito politizados sobre direitos de pessoas LGBTs (seu irmão é gay) e também falas consistentes sobre misoginia e feminismo. Não seria surpreendente se a garota que disse “eu odeio a América”, ao lamber um donuts e colocá-lo de volta na prateleira, trouxesse agora composições mais densas – reflexo de se trauma no atentado e também de um governo Trump. Todas essas questões podem se misturar nas convencionais canções de amor, sexo e festa. Quando o presidente foi eleito, ela declarou publicamente: “vamos ser ativos e vocais todos os dias para fazer uns aos outros nos sentirmos aceitos e amados por nossas diferenças. Por favor. É a única maneira possível para passarmos pelo que possivelmente serão anos sombrios”. Usar a música para isso faz todo sentido.

Desde 2016, Ariana diz que tem muitas músicas prontas. Ela não parou de criar desde que lançou o “Dangerous Woman”, principalmente porque houve um grande hiato entre o disco e a turnê. “Tenho um punhado de canções que gosto de verdade. Tenho trabalhado muito e me sentido inspirada”, disse em novembro daquele ano. Em janeiro de 2017, ela chegou a dizer que já tinha um disco pronto, mas depois apagou o tweet. O processo ainda estava em aberto. Títulos de músicas como “Feel It”, “My Way”, “Sober” e “She Got Her Own” circularam na web e já são dados como faixas descartadas. Mais tarde, ela contou que queria fechar a tracklist com 10 canções. E isso tudo foi antes do atentado terrorista, do Trump ser eleito e até mesmo do presidente da Recording Academy dizer que as mulheres “precisam avançar” se quiserem ganhar Grammys.

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Os álbuns de Ariana sempre trazem uma boa mistura na lista de colaboradores, com profissionais de diferentes gêneros musicais, embora o pop e o R&B ditem sua sonoridade. Rappers, produtores hitmakers e alguns cantores passam por suas tracklists. No “Yours Truly” (2013), ela foi de Mac Miller a Babyface. O “My Everything” (2014) foi marcado pela pluralidade de rappers e DJs, além de um The Weeknd ainda bem menos conhecido. O “Dangerous Woman”, por sua vez, esteve mais nas mãos de Max Martin, também valorizando os rappers: Nicki Minaj, Lil Wayne e Future. Teve também feat. com Macy Gray! O “AG4” promete seguir essa linha mesclada. Pharrell Williams é um dos nomes a frente da produção. Iggy Azalea disse em uma ‘live’ no Instagram que sempre que vai ao estúdio vê Pharrell produzindo coisas arrasadoras para Ariana. Um pouco dessa parceria pôde ser ouvida em “Heatstroke”, lançada como single de Calvin Harris no ano passado. “O álbum da Ariana é maravilhoso”, ele adianta, “o material é muito incrível. As coisas que ela tem pra dizer neste álbum são de outro nível. Seu álbum é sensacional”.

Os rappers Hitmaka (conhecido também como Yung Berg) e A1 Bentley (Floyd Bentley), que já trabalharam com Wiz Khalifa, Nicki Minaj, Drake e Chris Brown, também tiveram sessões em estúdio com Ariana Grande. Além disso, Ariana também teve um encontro com Diplo (destinado ao Major Lazer, mas nunca se sabe). Charlie Walk, presidente da Republic Records, diz que a cantora “está fazendo um tipo de música que nunca ouvimos dela antes. Diferentes tipos de materiais que acho que serão super importantes para a cena musical em 2018”. O impacto está prestes a acontecer. Jornalistas da mídia americana afirmam que ela lançará o primeiro single ainda em fevereiro. Atenção a Ariana Grande.

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