Morto em 2013 após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) aos 66 anos, Emílio Santiago ganhará um documentário sobre a sua vida, de acordo com informações do jornal “Folha de São Paulo”. “Para mim, trata-se de homenagear a maior voz e o maior cantor do Brasil Conhecer de fato todos os Emílios, não só o cantor”, diz o historiador Marcos Roza, idealizador do projeto.
“Emílio Santiago e as Sete Aquarelas” retratará a vida do cantor desde a infância do cantor no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, onde foi criado pela mãe adotiva; passando pelo início de sua carreira ainda durante a faculdade de Direito até a consagração como cantor pela interpretação de “Aquarela Brasileira”. Amigos do cantor como Alcione e Beth Carvalho também falarão sobre a relação com o artista no documentário.
Além disso, um tema polêmico será retratado no filme, que é a homossexualidade não assumida publicada de Emílio Santiago. Em diversas ocasiões o cantor chegou a fazer declarações como: “Tenho 40 anos de carreira e as pessoas sempre me respeitaram. Ninguém nunca escreveu que ‘Emílio é gay’ nem tive necessidade de abrir mão da minha personalidade”; “Vivo de maneira natural. Conheço vários famosos que vivem juntos há quinhentos mil anos e não precisam levantar bandeira”.
Sobre esse assunto, o idealizador do projeto diz que o preconceito da sua geração impelia de Emílio uma postura mais descontraída sobre esse tema: “É uma coisa de que todo mundo sabia, mas ele não era panfletário.Eles tinham uma relação homoafetiva, mas antes de mais nada era uma relação de amizade. Vamos abordar (o assunto) com essa mesma característica do momento deles, não tão aberto como é hoje, mas de um jeito carinhoso”.