A Paquita Stephanie Lourenço revela ter sofrido LGBTfobia nos bastidores do “Xuxa Park”. Ela é uma das entrevistas do documentário “Pra Sempre Paquitas” e conta como foi difícil ser uma adolescente descobrindo sua bissexualidade nos bastidores da TV. “Acabei ficando 20 anos dentro do armário depois de tudo isso. Eu me reprimi de uma forma muito violenta”, lembra.
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“A gente tinha uma imagem muito de meninas e chegou uma fase da minha vida em que já não me identificava com toda aquela feminilidade e aquelas danças. Comecei a perceber que gostava de meninas e também comecei a perceber que não me sentia mais tão à vontade naquele lugar, apesar de amar meu trabalho. Eu me descobrindo parte da comunidade LGBT… não era o que se esperava de uma Paquita”, Stephanie diz na série documental.
Cobranças e discriminação com a Paquita nos bastidores do “Xuxa Park”
A Paquita trabalhou ao lado de Xuxa Meneghel entre 1999 e 2002 e chegou a ser cobrada para ser mais feminina. As outras Paquitas a acolheram quando ela se abriu, mas Stephanie Lourenço ouviu frases preconceituosas de adultos. Não de Xuxa, que nem sabia da sexualidade da menina.
“Sofri um tanto de homofobia, que foi difícil, mas eu era muito corajosa. A pressão era dos adultos em volta. Alguém me chamou de sapatão no ambiente do camarim, e tinha um produtor que falou ‘você nunca mais repita isso aqui’. Foi uma pessoa abusiva moralmente comigo durante todo meu percurso. (…) Eram coisas que chegavam até mim, tipo: ‘as meninas precisam tomar cuidado com a Stephanie, porque ela gosta de meninas’. Tinha medo de ser julgada e perder minhas amigas”, lembra a Paquita, que hoje trabalha como atriz.