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Do gospel ao funk consciente, saiba quem é MC Lynne!

“O funk me escolheu, eu não imaginava”.

(Foto: Instagram/@suburbano)

A força das mulheres tem se expandido cada vez mais no funk, com artistas que aplicam em suas músicas e em seu comportamento conceitos práticos da luta feminista sem necessariamente precisar gritá-los aos quatro cantos. Como é o caso de MC Lynne, que conversou com o POPline sobre o início de sua carreira. Ela começou no gospel, mas hoje se destaca no mercado como uma funkeira de letras conscientes.

(Foto: Instagram/@suburbano)

MC Lynne é o nome artístico de Aline Freire de Campos Souza, de 23 anos. Ela foi contratada pela Kondzilla em 2019, mas começou a sua trajetória artística ainda pequena, cantando na igreja com a família e participando de corais e teatros musicais.

Apostar no funk não era seu objetivo, até que uma oportunidade surgiu. “Costumo dizer que o funk me escolheu, eu não imaginava. A vida inteira cantando gospel e de repente uma das poucas vozes femininas em ascensão no funk consciente“, disse MC Lynne.

“Além de poder contar minha história e expressar minha e gratidão nas músicas, reparei que quase não tinham mulheres na cena, então decidi entrar para representar as mulheres e comigo puxar mais vozes femininas para esse gênero“.

Hoje já são dois anos de carreira e ela soma 27.860 ouvintes Spotify, além de já ter sido capa da Playlist Pop Funk na plataforma de streaming e também ter participado de diversos projetos voltados para o funk consciente. Entre eles, a iniciativa Escuta as Minas, lançando a música “Quem Disse” com produção da Apuke Beat.

Entre seus maiores sucessos estão “De Boinha” com MC Digo STC, que já soma mais de 1,3 milhão de views no Yotube, “Gangue do Consciente“, com mais de 18 milhões, e “Tô no Gás” em parceria com a Coca-Cola.

Vale destaque também para “Assédio no Vagão“, uma nota de repúdio de MC Lynne que foi transformada em música, além da recente “Falso Amigo“.

Todas as músicas de MC Lynne são de sua autoria. Questionada sobre suas inspirações, ela disse:

“Não há inspiração maior para mim do que eu mesma, como quero me ver no futuro, as lutas que já venci, e os objetivos que tenho alcançado. Canto muito do que eu vivo, então minha maior inspiração sou eu“.

Dentre suas maiores referências estão as mulheres que “romperam todo o machismo e chegaram ao topo, Anitta, Ludmilla, entre outras tantas”.

“Hoje estamos ocupando todos os espaços, não como deveríamos, pois nos falta oportunidade, mas a caminho disso!”.

HERvolution

MC Lynne foi uma das atrações do programa HERvolution, onde apresentou o single “Plante o Bem” no quadro Estúdio Her e ainda participou de um bate-papo com outras cantoras no quadro Na Boca do Povo. O HERvolution vai ao ar toda terça-feira às 23h30 na RedeTV!. O projeto é idealizado por KondZilla, que promete alavancar e engajar a carreira de jovens mulheres do funk, do rap e do trap nas favelas.

Para ela, é de extrema importância participar de um projeto como o HERvolution, que é apresentado com descontração e bom humor pela cantora e compositora Mila. O programa é delas, feito por elas e para todxs, como se fosse uma confraria de amigas que se reúnem para bater papo numa conversa íntima e divertida.

O programa ‘HerVolution’ traz protagonismo feminino, lugar de fala e conscientização das situações que nós mulheres enfrentamos todos os dias no Brasil, tenho certeza que ao assistir o programa, além de se entreter os espectadores em algum momento também fazem uma reflexão sobre nosso papel como mulheres na sociedade”.

Atualmente o programa está fazendo um concurso com cinco produtoras mulheres que buscam maiores oportunidades no mercado. As participantes serão orientadas pelas juradas Apuke, produtora do Quebrada Queer, Tati Zaqui e Dani Russo na disputa por um feat. com Mila e um videoclipe com a KondZilla.

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