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Djavan lança música nova nesta quarta! Veja a letra de “Cedo ou Tarde”


Djavan está com música nova! Após o lançamento de “Solitude”, o primeiro single do álbum “Vesúvio”, que está previsto para ser lançado no dia 23 de novembro, Djavan estreará nesta quarta-feira (31), “Cedo ou Tarde”. O cantor define o trabalho como pop e político. “Pop cheio de surpresas melódicas, harmônicas e poéticas – e um político no sentido de serem canções nada panfletárias, mas sim muito influenciadas pelo tempo presente, pelas observações do momento conturbado do Brasil e do mundo”.

No dia 31 de outubro, três semanas antes do lançamento do disco, o segundo single vem confirmar a tendência. “Cedo ou tarde” é pop. Ou mais especificamente, trata-se de um funk suingadíssimo, jeito antigo, que nos remete ao estilo como ele era nos anos 70 ou 80, mas com o estilo inconfundível de Djavan e um retrato da atualidade marcada pelo medo, numa definição poética impressionante: “Quem manda é o medo/A hora é imprópria/Pra sorrir/Viver assim/Com tais dissabores/Não é brincadeira”.

Por acaso – mas como em poesia, em arte não há acaso, apenas a antena do artista a captar as ondas do momento – “Cedo ou tarde” sai exatamente na hora em que o Brasil, radicalmente dividido até dentro das famílias, vai às urnas. E a canção expressa essa perplexidade também em relação ao país: “Com tantos rancores/Faz-se uma fogueira/Não sei/Mais o que é certo/O que decerto/É ruim/Nem sei de mim”.

“Estamos vivendo um momento de grande incerteza no Brasil e no mundo, tudo é complexo, confuso e nebuloso. Estou apreensivo com o futuro, todas as possibilidades são complicadas. Algumas canções do novo disco nasceram dessa perplexidade”.

Veja a letra de “Cedo ou Tarde”, nova música de Djavan

Azul
Vem dos lados
De anil
Veio assim, nem me viu,
Mal passou por aqui
Aqui
Cedo ou tarde
É quando?
Antes eu me mando
Deixo o ar invadir
Ali
Quem manda é o medo
A hora é imprópria
Pra sorrir

Viver assim
Com tais dissabores
Não é brincadeira
Com tantos rancores
Faz-se uma fogueira
Não sei
Mais o que é certo
O que decerto
É ruim
Nem sei de mim

Com a dor destruída
O que vai ser da vida?
A vida soberana
Seria desumana
Porque o sol da tarde
Clareia, mas não arde
O mal de quem ama
É a fé.