No dia Mundial Contra Homofobia, Jair Bolsonaro usou suas redes sociais para rebater a fala de um jornalista da revista ISTOÉ. Ricardo Kertzman publicou nesta segunda-feira (17) um artigo em que critica os ataques homofóbicos já feitos pelo presidente do Brasil.
Foto: Paulo Whitaker/Reuters | Alan Santos/PR
“Bolsonaro, além de brocha, deve ser gay ‘passivo’; só pode”, diz o título da publicação de Kertzman, que em seu texto declara:
“Se há algo que esconde, ou melhor, entrega, algumas preferências secretas, conscientes ou não, do amigão do Queiroz, é a quantidade e frequência com que repete piadinhas velhas e infantis sobre os gays. A fixação pelo ‘rabo’, então…”.
No Twitter, primeiro Jair Bolsonaro respondeu, dizendo: “Não adianta me cantar! Já disse que não jogo no time de vocês”.
Não adianta tentar me cantar! Já disse que não jogo no time de vocês!
Depois, na saída do Palácio do Planalto pela manhã, afirmou aos apoiadores que é “imbrochável, imorrível e incomível”. Assista ao momento:
Desde junho de 2019, homofobia é crime no Brasil
Há quase dois anos, o Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão histórica ao equiparar o crime de homofobia ao de racismo. Por não haver leis que criminalizem atos de homofobia e de transfobia, os magistrados entenderam que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional. Por isso, coube ao Supremo aplicar a lei do racismo para preencher tal lacuna.
Atualmente é possível denunciar crimes de homofobia em diversos sites que geram protocolos, há aplicativos que auxiliam a vítima. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBTQIA+.
As delegacias também possuem o dever de atender o cidadão e emitir boletim de ocorrência. As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).