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Descubra quanto custa anunciar em um intervalo de entretenimento na Globo

Com o alto índice de audiência do BBB, o investimento em publicidade no intervalo custa mais de R$ 500 mil reais

Descubra quanto custa anunciar em um intervalo de entretenimento na Globo
(Foto: Reprodução / Globoplay)

Para quem achava que a televisão iria perder a popularidade a partir do surgimento de outras soluções digitais, como os smartphones, acabou errando na estimativa. De acordo com informações divulgadas pelo Youtube, o uso de aparelhos de TV para transmissão de vídeos online se tornou um novo hábito na vida das pessoas. Passando mais tempo em casa, as pessoas se voltaram às telas maiores para satisfazer as suas necessidades, explorar suas paixões e saber das últimas tendências culturais.

Enquanto que a Kantar IBOPE Media divulgou os dados do Kantar Social TV Ratings, solução da empresa que analisa o buzz dos programas de TV nas redes sociais, que aponta que assistir TV e comentar na internet já é um hábito de muitos brasileiros. Mais de 90% dos 363 milhões de tweets gerados em 2020 sobre conteúdos de vídeo vieram de programas da TV aberta, em especial realities shows, séries e novelas. A TV paga e o SVOD (TV sob demanda, como os streamings) vieram na segunda e terceira posições.

Foram principalmente os realities shows que movimentaram o feed, com 287 milhões de citações (85,6% do total), seguidos por séries, com 16 milhões (4,8%), novelas, com 13 milhões (3,9%), jornalismo, com 12 milhões (3,6%), e programas de auditório, com 7 milhões (2,1%).

E quando o assunto é entretenimento na televisão, os espaços publicitários que são muito concorridos e envolvem um grande público, também precisam de investimento das marcas para irem ao ar. Analisando a grade de valores da Globo Negócios, com valores base para o mês de março de 2021 (1/03 a 31/03), o POPline.Biz é Mundo da Música observou os preços para a exibição de comerciais com tempo de 30 segundos e com veiculação nacional, durante o intervalo da programação de entretenimento da companhia.

Confira a lista:

  • Altas Horas: 23h05 – 30 segundos: R$ 161.900,00
  • BBB – 22h35 – 30 segundos: R$ 508.000,00
  • Caldeirão do Huck – 16h – 30 segundos: R$ 188.600,00
  • Conversa com Bial – 01h45 – 30 segundos: R$ 87.400,00
  • Domingão do Faustão – 18h05 – 30 segundos: R$ 376.400,00
  • Encontro – 10h45 – 30 segundos: R$ 102.900,00
  • Fantástico – 20h – 30 segundos: R$ 659.800,00
  • Mais Você – 09h30 – 30 segundos: R$ 90.500,00
  • Sessão da Tarde – 15h – 30 segundos: R$ 92.100,00
  • Vale a Pena Ver de Novo – 16h45 – 30 segundos: R$ 166.300,00

Os realities vêm chamando atenção há alguns anos, mas em 2020, com as pessoas mais tempo em casa, registraram um salto de 373% em comparação a 2019, aponta a análise da Kantar IBOPE Media. Foi a primeira vez em que apareceram tanto no Top 10 de programas da TV aberta quanto nos rankings de canais pagos e serviços de streaming. O recorde de tweets sobre TV aberta em um só dia foi em 31 de março, graças à disputa de memes entre os fãs dos BBBs Manu Gavassi, Mari Gonzalez e Felipe Prior, que geraram 97% dos mais de 11 milhões de tweets.

E isso, também reflete na presença das marcas no BBB, por exemplo. A Globo lançou um plano comercial que permite que o BBB estreiasse com mais cotas de patrocínio negociadas. Oito delas são masters e garantem a exibição ao longo de todo o programa, enquanto outras cotas envolvem apenas a inserção em alguns momentos do jogo.

A nova estratégia já havia sido sinalizada em upfront da emissora, realizado em outubro, no qual os executivos comerciais da Globo declararam que as negociações comerciais para o reality show – assim como para os demais produtos da grade – seriam mais flexíveis, com oportunidades para anunciantes de diferentes portes.

Para o BBB 21, as marcas participantes são: Americanas, Amstel, Avon, C&A,  Americanas, McDonald’s, P&G, PicPay,  Seara, Above e Organnact. Parte desses patrocinadores são cotistas másters e, outros, patrocinam determinados formatos dentro do reality show. A Globo afirma que adotou a política de não mais comentar sobre negociações comerciais.