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Depois de longa negociação, Marília Mendonça topa ser capa de revista de celebridades e revela receio de expor a vida pessoal


Avessa a expor a vida pessoal, após dois longos anos de negociação, Marília Mendonça protagonizou pela primeira vez a capa de uma revista de celebridades. Em entrevista à Quem, a cantora mais ouvida do Brasil atualmente, revelou que gosta de ser conhecida como cantora e compositora e não uma celebridade.

“É uma luta muito pesada. A gente já perdeu participação em programas de TV importantes porque queriam abordar só a vida pessoal e eu priorizo sempre o meu trabalho. Principalmente depois do emagrecimento, de começar a namorar, quando eu engravidei, a procura por esses assuntos aumentou. A minha intenção não é ser uma celebridade. O sucesso tem que ser uma consequência do meu trabalho. Mas as pessoas se interessam demais na minha vida. Não quero deixar o sucesso subir à cabeça. Meu foco é a música”, explicou a sertaneja.

Ainda na entrevista, ela disse que se orgulha de ser vista como a “Rainha da Sofrência”, já que o feminejo trouxe um outro olhar para a presença das mulheres nesse ritmo!

“Em 2016, quando estourou ao lado de outras mulheres, no movimento apelidado de ‘feminejo’ pela imprensa, muitos críticos disseram que o boom seria passageiro. Qualidade não tem gênero. As pessoas duvidaram muito de mim no começo. O preconceito fica muito escondido, encoberto. Eu sempre falei disso e continuo batendo na tecla. As próprias mulheres têm esse preconceito. Às vezes, as próprias cantoras participantes do movimento do feminejo. O movimento das mulheres ganhando força no sertanejo aconteceu e muitas pessoas chegaram ao topo por causa dele”.

Ela ainda explicou que não se incomoda com rótulos: “Fico muito feliz por fazer parte dele. Aonde vocês quiserem me enquadrar, eu aceito. Dizem que sou a rainha da sofrência, do brega. O que você identificar na minha música, eu sou. Sou muito grata ao feminejo e tenho o maior orgulho do que estas meninas deram para o Brasil inteiro. Acho bonito ver todas no topo juntas. Teve uma época em que a mulherada estava entre as cinco músicas mais tocadas. Agora cada uma seguiu com o seu trabalho. Não podemos deixar a peteca cair. Parecia ser uma modinha fácil de chegar naquele momento, mas se manter é a coisa mais difícil que existe no mundo. Só com muito talento, dedicação e esforço”.