A Deezer anunciou que está construindo um conjunto de ferramentas para “garantir que o futuro do streaming de música seja transparente e justo”. Com o crescimento de músicas geradas por inteligência artificial (IA), a companhia afirma que irá expandir seu compromisso de ajudar os artistas a monetizarem melhor suas músicas, combater fraudes e criar uma melhor experiência de usuário para os fãs.
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“Com mais de 100.000 novas faixas carregadas por dia em nossa plataforma, é cada vez mais importante priorizar a qualidade sobre a quantidade e defender artistas reais que criam conteúdo verdadeiramente valioso”, disse Jeronimo Folgueira, CEO da Deezer.
Jeronimo Folgueira, CEO da Deezer. Foto: Divulgação
“Como plataforma líder de streaming, a Deezer tem a responsabilidade de criar um ambiente justo e transparente para o consumo de música. Nosso objetivo é eliminar conteúdo ilegal e fraudulento, aumentar a transparência e desenvolver um novo sistema de remuneração em que artistas profissionais sejam recompensados pela criação de conteúdo valioso. É por isso que adotamos a discussão em torno de um novo modelo centrado no artista e agora também estamos desenvolvendo ferramentas para detectar conteúdo gerado por IA”, afirma o executivo da Deezer.
Deezer: recurso para detectar e excluir músicas feitas por inteligência artificial
Ao detectar conteúdo gerado por IA em sua plataforma, a Deezer pretende desenvolver um sistema para marcar músicas criadas por IA generativa, começando com faixas que usam vozes sintéticas de artistas existentes.
As tags serão usadas para manter artistas, gravadoras e usuários informados sobre o que é “real” ou gerado por IA na plataforma, reduzir atividades fraudulentas e, por fim, desenvolver um modelo de remuneração que diferencie os diferentes tipos de criação musical.
“A IA pode ser usada para criar novos conteúdos incríveis e acredito que há enormes benefícios no uso de IA generativa, mas precisamos garantir que isso seja feito de maneira responsável. Agora existe uma oportunidade de acertar as coisas desde o início da revolução da IA e não cometer os mesmos erros que os gigantes da mídia social cometeram quando notícias falsas começaram a inundar suas plataformas. Devemos isso aos artistas e aos fãs”, afirma Jeronimo Folgueira, CEO da Deezer.
Deezer pretende identificar e excluir músicas feitas por inteligência artificial. Foto: Divulgação
De acordo com a Deezer, o conjunto de ferramentas da plataforma “alavancará anos de pesquisa em Audio AI e identificação de conteúdo”, começando com a tecnologia proprietária “Radar” da empresa.
O “Radar” pode escanear grandes catálogos de música, identificando qualquer música mesmo quando o sinal está distorcido, ritmo alterado, etc, e é a base para a atual detecção de conteúdo fraudulento do Deezer. “Radar” é uma das muitas soluções exclusivas que a Deezer oferece a terceiros como parte de sua proposta de serviços técnicos.
