Em 2015, a Deezer fez uma tentativa frustrada de abrir o seu capital, porém, agora, sete anos depois, a empresa de streaming anunciou que finalmente vai encarar o IPO, dessa vez em parceria com a I2PO, uma Special Purpose Acquisition Company (SPAC), com sede na França.
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De acordo com o Music Business Worldwide, como resultado da união entre as empresas, a Deezer deve listar publicamente na Euronext Paris. A fusão com a I2PO dá à Deezer uma avaliação patrimonial de € 1,050 bilhão ( R$ 5,3 bilhões nas taxas de câmbio atuais). A I2PO será renomeada para Deezer após a conclusão da fusão.
“Com sua marca bem estabelecida, equipe de gerenciamento de primeira classe e plataforma escalável, a Deezer está pronta para continuar a capturar uma participação significativa no crescente mercado de streaming de música”, comenta Iris Knobloch, Presidente do Conselho de Administração e CEO da I2PO.
E completa: “Esta é uma combinação perfeita e um acordo transformacional que proporcionará criação de valor a longo prazo para nossos acionistas, pois a Deezer é um ativo único com avenidas estratégicas consideráveis para crescimento futuro”.
Em anúncio, a I2PO chamou a Deezer de “a segunda maior plataforma independente de streaming de música do mundo”, confirmando que o serviço atualmente tem 9,6 milhões de assinantes globalmente. A empresa também confirmou que a Deezer gerou uma receita de € 400 milhões (mais de R$ 2 bi) em 2021.
Ainda de acordo com a publicação, a I2PO afirmou que o plano para a fusão é ser um “catalisador para o próximo estágio de crescimento da Deezer, com a ambição de atingir € 1 bilhão de receita até 2025, e um caminho claro para a rentabilidade operacional e fluxo de caixa positivo”.
“É um marco importante na história da Deezer, pois embarcamos em uma jornada para nos tornarmos uma empresa de capital aberto na Euronext Paris. Estou entusiasmado com a parceria com a I2PO, que nos fornecerá a experiência, a rede global e o capital de que precisamos para executar nosso plano estratégico”, destacou Jeronimo Folgueira, CEO da Deezer.
“Estamos posicionados de forma única na crescente indústria de streaming de música, com um produto muito competitivo, uma estratégia clara e uma equipe de gestão experiente e renovada para aproveitar esta oportunidade e criar valor substancial para os acionistas”, completou.
Após a conclusão da fusão, a empresa combinada se beneficiará do caixa atualmente detido pela I2PO, além do caixa captado por meio de um PIPE (Investimento Privado em Capital Público). Este PIPE foi subscrito pela maioria dos acionistas existentes da Deezer, incluindo Access Industries , Universal Music Group , Warner Music Group , Orange, Kingdom Holdings, Eurazeo e Xavier Niel, bem como um grupo de investidores franceses e internacionais de longo prazo, incluindo Groupe Artémis, Bpifrance e Media Participations.