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Dead Fish lança “Ponto Cego”, álbum com fortes críticas ao cenário político e social do país

Foto: Marcelo Marafante

Depois de quase quatro anos, o Dead Fish lança um novo álbum. Oitavo registro de inéditas da banda, “Ponto Cego” marca a volta de
Rodrigo Lima (vocais), Marco Melloni (bateria) e Ric Mastria (guitarra) à gravadora Deck e chega em CD, LP e cassete, além das plataformas digitais.

Produzido por Rafael Ramos, “Ponto Cego” traz em sua ficha técnica a notável presença de Bill Stevenson, que mixou e masterizou o disco nos Estados Unidos. Baterista da banda de punk e hardcore Descendents e ex-baterista dos icônicos Black Flag e All, Stevenson também possui trajetória destacada na área técnica, tendo produzido clássicos como “Appeal to Reason”, do Rise Against, “Wolves in Wolves’ Clothing” do NOFX, “Awakened”, do As I Lay Dying, e “Victory Lap”, do Propaghandi, entre muitos outros. Assim, coube ao californiano finalizar o trabalho gravado no Estúdio Tambor (RJ).

No último single extraído deste trabalho, “Sangue nas mãos”, a banda faz uma crítica direta ao presidente Jair Bolsonaro e se posiciona ao lado daqueles que acreditam ter sido “golpe” o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Menções ao polêmico coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de tortura durante a Ditadura Militar, críticas à política de armamento da população brasileira, entre outras acusações ao governo atual dão o tom da letra. E agora, com o lançamento do álbum, o grupo amplia o discurso.

Em entrevista ao site Uol, o vocalista Rodrigo Lima afirmou que sentiu urgência no cenário político e social do Brasil para fazer letras mais diretas e contestadoras, num momento em que o rock tem perdido o papel crítico de suas origens. “É um disco que tem uma urgência. Ele mostra o óbvio, mas da forma mais urgente possível. Ao nosso ver, as pessoas não estão dispostas a ouvir a realidade, elas querem viver a verdade delas. E começamos a trabalhar falando exatamente isso, que era necessário falar de forma direta. Estamos num momento que não dá para ter muitas subjetividades”, conta Rodrigo.

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