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De médico a vencedor do Oscar: saiba quem é Jorge Drexler, o maior premiado do Grammy Latino 2018!


Jorge Drexler foi o grande vencedor do Grammy Latino 2018 e levou 3 prêmios com o álbum “Salvavidas de Hielo”. Foto: Getty Images

A madrugada da última sexta-feira, (19), foi toda dele! Jorge Drexler foi o nome mais convocado para subir ao palco do Grammy Latino e receber os prêmios nas categorias de “Canção do Ano” e “Gravação do Ano” por “Telefonía” e também “Melhor Álbum de Cantor-Compositor” pelo disco “Salvavidas de Hielo”. Longe de ser um hitman ou reggaetonero, as letras poéticas e densas, somadas ao canto suave do uruguaio é apreciada por um público fiel do “cantautor” que até os 30 anos vivia em Montevidéu como médico!

Contudo, a grande chance para um total reviravolta na vida de Jorge Drexler foi quando o cantor abriu em sua cidade natal o show do espanhol Joaquín Sabina, episódio esse narrado na música “Pongamos que hablo de Martínez”. Na ocasião Drexler trabalhava em um consultório como fonoaudiólogo e se dividia entre a clínica médica e eventuais apresentações como músico. Porém, o visionário Sabina percebeu que aquele doutor “tinha algo a mais” e perguntou se Jorge aceitaria se mudar para a Espanha e viver inteiramente de música. Jorge topou o desafio e radicado na Espanha há mais de duas décadas se tornou um dos cantores mais importantes em língua espanhola.

Em 2005 Jorge Drexler ganhou projeção mundial ao receber o Oscar de “Melhor Canção Original” pela música “Al Otro Lado del Río”, tema do filme “Diários de Motocicleta” e na entrega do prêmio foi protagonista de uma polêmica! Por ser pouco conhecido nos Estados Unidos, a organização temia que se Drexler performasse a sua canção ao vivo, o público não teria interesse em vê-lo. “>Por isso, o ator Antonio Banderas juntamente com Carlos Santana cantaram a música na premiação em seu lugar. Ao ser apresentado como o grande vencedor da categoria, como uma forma de finalmente cantar a sua música no palco, ao invés de fazer um discurso, Jorge Drexler se limitou a cantar uma parte de sua canção como forma de protesto pela arbitrária censura que sofreu.

No Grammy Latino 2018, aos 54 anos, se mantendo longe das discussões que consideram o reggaeton como um subproduto comercial da música em espanhol, Drexler convocou a celebração de todos os ritmos latinos ao receber um dos fonógrafos: “Que viva a Ibero-América, que viva a música ibero-americana, que viva Borges, que viva Pessoa, que viva a cumbia, que viva o reggaeton, tudo. Vamos em frente!”.