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Day revela plano de novo EP e fala do seu estilo: “sou uma artista lésbica, que ama Pop, mas não sabe dançar”


Em visita à Casa do POPline, Day revelou planos para 2020, que incluem o lançamento de um novo EP

Sem letras com refrão chiclete ou músicas coreografadas, Day está longe de ser o que se espera de uma cantora do mercado Pop nacional. “Sou uma artista assumidamente lésbica, que ama Pop, mas que não sabe dançar”, explica a jovem, de 24 anos, que vê no sucesso da americana Billie Eilish a esperança de que, por aqui, os brasileiros também abracem o universo alternativo e o seu visual “diferente”, como “mainstream”. Uma das atrações do POPline Festival, que será realizado no dia 19, no Rio de Janeiro, Day esteve na casa do POPline, nesta segunda-feira (06). Na visita, ela relembrou o início da carreira, falou de suas referências musicais, projetos para 2020 – incluindo lançamento de um novo EP – e também o que podemos esperar do seu primeiro show do ano, no Festival.

Natural de Goiânia, a trajetória musical de Day começou ainda na igreja, durante a adolescência. Depois ela passou a publicar vídeos de covers no Twitter e logo migrou para o YouTube, incentivada por seus seguidores. Na época, fã do quinteto Fifth Harmony, ela conta que publicava os vídeos cantando para chamar a atenção de suas ídolas. “Fui notada por todas elas”, relembra orgulhosa. “Mas depois as pessoas começaram a me pedir vários vídeos no YouTube e eu cedi”, diz.

A sonoridade de Day navega pelo pop alternativo, com fortes influencias do R&B. Avril Lavigne, Pitty, Link Park, Evanescence, Paramore, Artic Monkeys, Charlie Brown Jr. e The Neighbourhood estão entre os nomes que ela menciona quando o assunto é a construção de sua identidade musical. “Eu acho que essas bandas e artistas construíram um pouco da minha voz e do meu gosto musical. Ao mesmo tempo, eu ouvia muito pop, com Fifth Harmony, Taylor Swift, entre outras. Sempre tive essa mistura de referências a minha vida inteira”, conta.

Em 2017, a cantora foi finalista do reality show The Voice, da Rede Globo. A exposição na TV potencializou o seu trabalho na plataforma e a projetou para o Brasil. Foi no The Voice, também,  que ela se apaixonou e engatou um namoro com a também ex-participante do programa, Carol Biazin.

Aos 24 anos, Day resume seu estilo: “sou uma artista lésbica, que ama pop e não sabe dançar”

No ano passado, Day lançou seu primeiro EP e trabalhou os singles “Na Sua Mão”, “Tanto Faz”, “Clichê”, em parceria com Vitão, e “Geminiana”. Essa última, por sinal, entrou na parada 50 virais do Brasil do Spotify, lista que aponta as tendências musicais que estão tendo aumento considerável de interesse pelo público.

Agora trabalhando com a Universal Music, a cantora surge como uma das apostas da gravadora para 2020, com o que ela chama de Pop melancólico. Quando questionada se pretende ser uma espécie de Billie Eilish brasileira, ela refuta comparações. “Eu não quero ser a Billie Eilish brasileira. Admiro muito a Billie, principalmente por ela ter conquistado tanto sucesso sendo tão nova e autêntica. Mas quero que as pessoas conheçam a Day e tudo que eu tenho a mostrar”, diz. “A Billie, para mim, é um ponto de esperança. Eu penso: se as pessoas abraçaram ela, lá [nos EUA], eu espero que, por aqui, os brasileiros, também abracem quem também é diferente”, completa a jovem.

Para 2020, Day revela que pretende lançar um novo EP, mas indica que um álbum também pode surgir no meio do caminho. “Sou geminiana (risos). O álbum não está descartado, mas eu sou tão chata para fazer um álbum que eu acho que preciso de um ano sabático. Quero muito lançar, porque tenho material suficiente, mas eu preciso escutar tudo de novo e ter certeza. Eu preciso contar uma história que faça sentido”, diz.

POPline Festival

Day não esconde a animação ao falar do seu primeiro show do ano. A cantora é uma das atrações do POPline Festival, no dia 19 de janeiro, no Rio, junto com Jão, Lexa, Luisa Sonza e Mc Rebecca. “No meu show, eu faço questão de mostrar ao público quais são as minhas referências. Eu toco Charlie Brown, eu toco Pitty, Avril Lavigne…É um show de pop melódico, que você vai dançar, mas se emocionar ao mesmo tempo”, adianta. “Meu show tem  uma pegada nostálgica, que eu carrego comigo, e que quero poder trazer cada vez mais. Com certeza, que vai ao meu show e escuta minhas músicas volta aos seus 14 ou 15 anos. É um sentimento muito bom pra mim e que eu quero trazer para as pessoas”, conclui.

No iGTV do Portal POPline, tem mais conteúdo exclusivo com Day! Clique aqui e assista o vídeo de um bate-papo exclusivo de Day com a apresentadora Pamella Renha.