O #PalcoPOPline desta quarta-feira, (07) recebeu DAY, Lucas Silveira e Pe Lu para um bate-papo sobre o emo, ritmo que no início da década de 2010, foi uma grande febre no Brasil graças às bandas como Fresno e Restart. Lucas Silveira, vocalista do Fresno, falou sobre o período:
“Acho que o emo foi a última grande coisa que aconteceu no mainstream brasileiro com cenas de banda, que deu uma estourada como sonoridade de banda. Talvez, não a última, mas a parada mais recente que foi para o mainstream. O Restart, por exemplo, influenciou até o mercado textil através do visual, completou Lucas Silveira.
Pe Lu, ex-integrante da banda, contudo, interviu: “Sim, mas não ganhei um centavo por isso”. Ele ainda falou que o Restart foi uma das poucas bandas que estourou nas redes sociais na época, mas eles ainda não tinham a noção da importância desse meio de comunicação para a consolidação do trabalho de um grupo.
“A gente não tinha essa noção real da influência nas redes sociais, sabe? Nós éramos muito zoados. Às vezes, falávamos: “ah, mas eu tenho 2 milhões de seguidores no Twitter. Na época, as pessoas olhavam na televisão e pensavam: “Ah, tá”. Hoje em dia, teve uma inversão total. Tem pessoas que só falam dos seguidores”.
Já Day, revelou que começou cantando no sertanejo, mas também influenciada pelo emo, mais precisamente por Avril Lavigne.
“Mas olha, se a gente for observar, para mim, o sinônimo de música emo é pop/rock. Eu não associo o movimento emo pela estética, mas sim pela sonoridade. Eu era um emo meio gospel, porque eu era da igreja. Então, eu tinha que ser uma emo discreta. Além disso, eu era muito ligada à Disney. Tipo, naquela época, Demi Lovato cantava pop/rock. Eu sou de 1995, então, desde 2002, ainda muito pequena, eu gostava de Linkin Park. Mas aí, quando eu vi a Avril, eu pensei: ‘nossa, eu quero ser igual a ela’. Quando eu não me sentia de lugar nenhum, eu ouvia essa galera e sentia que eu era de algum local”.
A apresentadora Carol, inclusive, falou que ela se identificava com o movimento emo, mas nunca conseguiu se enxergar como parte integrativa, já que o seu cabelo era muito cacheado: “Já eu, sempre liguei o emo à estética, a ter o cabelo lisão. Então, ainda que eu quisesse participar, eu achava que eu nunca poderia, já que o meu cabelo era bem cacheado”.
Lucas Silveira revelou que na época do auge do Fresno foi tudo bem cansativo: “A gente tinha que fazer tantos shows, que não tínhamos tempo nem de fazer música. Eu acho que faltou gerência estratégica. Algo como uma união das bandas a longo prazo para que todos compusessem, como é o caso do sertanejo, que eles souberam se articular muito bem”.
Palco POPline
Apresentado pela cantora revelação Carol (@carolmusic), a live recebe duas vezes por semana novos talentos e também nomes já consagrados. O artista pode usar o espaço para cantar hits e músicas autorais, além de fazer duetos e bater um papo com a apresentadora. O público participa através da caixa de comentários fazendo pedidos musicais e também interagindo com o tema.