A polêmica envolvendo os apoiadores de Jair Bolsonaro e os líderes políticos de seu governo contra o filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” continua e dessa vez, Danilo Gentili, um dos protagonistas da produção, resolveu utilizar da mesma moeda que seus críticos e usou de uma cena de Mario Frias para questionar a censura a seu filme.
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Estrelado por Danilo Gentili, que escreveu o livro que deu origem ao filme, e Fábio Porchat, “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” recebeu acusações de “apologia à pedofilia” por causa de uma cena em que o personagem de Porchat pede para dois meninos se masturbarem.
E para questionar a perseguição e as duras críticas que o filme vem sofrendo, Danilo Gentili utilizou de uma cena de Mario Frias, ator e atual Ministro da Cultura do governo Bolsonaro e um dos principais críticos ao filme, onde ele agride uma mulher.
Na cena da novela “Os Mutantes”, da TV Record, o personagem interpretado por Mario Frias dá um tapa no rosto da mulher enquanto segura um revólver.
Em sua publicação nas redes sociais, Danilo Gentili ironiza: “Que cena horrível que incentiva a agressão contra as mulheres. Isso passou em TV aberta? E se uma criança assiste? Deveríamos censurar?”
Que cena horrível que incentiva a agressão contra as mulheres.
Isso passou em TV aberta?
E se uma criança assiste?Nossa…
Deveríamos censurar? pic.twitter.com/2kR8YfBOEs— Danilo Gentili 🇺🇦 (@DaniloGentili) March 15, 2022
A polêmica
No fim de semana, líderes bolsonaristas começaram uma campanha virtual contra “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”, divulgando uma cena do filme. Na cena, o ator Fábio Porchat, na pele de um pedófilo, incita que dois garotos menores de idade o masturbem. Porchat, porém, explicou que não se trata de apologia, porque o personagem é o vilão. Estão apenas retratando.
Danilo Gentili segue a mesma linha de discurso. “A cena em questão é uma pessoa que se apresenta como o melhor aluno da escola, que seria uma autoridade, pedindo coisas abjetas e absurdas para os alunos, que não obedecem ao cara só porque ele é uma autoridade. Então, na realidade, em momento algum, o filme faz apologia à pedofilia. O filme vilaniza a pedofilia”, defende.
“O filme é sobre isso: pessoas que se aproveitam de um discurso falso moralista, pessoas que se aproveitam de um discurso politicamente correto para fazer as maiores barbaridades do mundo. Esse é o âmago da cena”, conclui.