O volume de shows internacionais no Brasil não para de cair. E quando o assunto é artistas de grande porte a situação fica ainda mais complicado. A crise econômica – dólar alto – afastam as estrelas pop do Brasil e, consequentemente, de outros países da América do Sul.
Salvas exceções, como Maroon 5 e Coldplay, que fecharam no primeiro semestre do ano passado datas para o Brasil em 2016, os estádios e os artistas pop estão cada vez mais distantes. O último show de uma cantora pop em estádio no Brasil foi a apresentação única da Ariana Grande em São Paulo no final de outubro de 2015 – vale lembrar, que pouco mais da metade dos ingressos do show foram vendidos.
Para 2016, não são poucas as estrelas pop que prometem trazer turnê mundiais pra cá. Não foram poucos tweets da Nicki Minaj dizendo que “está a caminho do Brasil”; Rihanna, esta semana, nos bastidores da sua nova turnê, teria dito a um brasileiro que volta em setembro; Selena Gomez também participa do “festival de promessas” mencionando que o país está nos seus planos. Entretanto, não há nenhuma artista pop de grande porte confirmado para shows no Brasil nos próximos meses. Isso não acontece desde 2010, quando tivemos Beyoncé e Black Eyed Peas com extensas turnês pelo país.
É essa a questão: quando um artista e seus empresários montam uma turnê global eles definem a quantidade de shows que querem fazer em cada continente. A negociação começa com promotores locais e, em muitas vezes, a conta não fecha e a “perna” da turnê é comprometida. Como foi o caso da “Rebel Heart”, da Madonna, que não ganhou datas na América do Sul por desinteresse de promotores locais. Beyoncé e Jay Z não conseguiram trazer a “On The Run” e não foi por falta de interesse da parte deles.
O dólar alto vai refletir no preço dos ingressos e os promotores realizam muitas pesquisas antes de apostar em um show de grande porte. Patrocinar uma turnê de um artista internacional no Brasil, além de caro, é trabalhoso devido as exigências e termos impostos. Agora, fãs de artistas pop não só precisam torcer por novos shows no Brasil, mas também se planejar para desembolsar ainda mais no custo de ingressos.