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Cringe news: o Banana Split vai voltar; relembre 12 girlgroups do Brasil!

Esta é a notícia mais cringe que você lerá hoje!
O grupo Axé Blond, sucesso no fim dos anos 1990 (Foto: Reprodução de internet)

Esta é a notícia mais cringe que você lerá hoje! Ninguém pediu, mas o Banana Split está à procura de cinco mulheres, de 18 a 25 anos, para uma nova formação. Às interessadas, as inscrições estão abertas aqui e aqui durante todo o mês de julho, com a promessa de trabalho com produtores renomados e gravação de um clipe pop com super produção. Será que vem aí?

Uma girlgroup de cada década: Rouge (2000), SNZ (1990), Meia Soquete (1980) e Frenéticas (1970) – Foto: Reprodução de internet

A verdade é que desde os anos 1970, o Brasil teve girlgroups de sucesso que entraram para a história da música popular – para o bem e para o mal. Algumas podem ser desconhecidas da geração Z, mas o POPline te ajuda a relembrar (ou conhecer) alguns desses surpreendentes grupos femininos.

Banana Split

Criado em 1989, o Banana Split teve em sua formação original Adriana Colin, Rosane Muniz, Mel Nunez e Andreia Reis, que permaneceu por pouco tempo e foi substituída por Eliana (oriunda do grupo A Patotinha), que logo seria contratada por Silvio Santos para ser apresentadora infantil. No início, o quarteto apostava em músicas de lambada, gênero musical muito popular no início dos anos 1990. Houve mudanças na formação e outras meninas se arriscaram em estilos diferentes como dance pop, axé e sertanejo universitário até 2014. Será que neste retorno as novas meninas marcarão seu nome no pop brasileiro?

A Patotinha

O ano era 1978 e a disco music era o ritmo que ditava moda no Brasil. O grupo infanto-juvenil A Patotinha, formado originalmente por Mônica Toniolo, Cecília Salazar, Márcia Jardim e Kátia Romão, lançava o álbum Brincando de Roda numa Discotheque, com cantigas de roda com arranjos da música disco. O quarteto enfileirou vários discos de ouro em seus primeiros anos de atividade. Em 1986, Cecília deu lugar à Eliana, que esteve com as três integrantes remanescentes até o início dos anos 1990. Mas em 1992 uma nova formação foi lançada, sem sucesso, e durou apenas um ano.

As Melindrosas

Em 1978, o grupo As Melindrosas foi formado pelas irmãs Maria Odete, Sueli, Iara, além da prima Paula. A primeira das irmãs deixaria o grupo um ano depois para lançar-se na carreira solo pelo nome de Gretchen. Sim, ela mesma, “a cantora” que conhecemos. Anos mais tarde, Sueli viraria a Sula Miranda, rainha dos caminhoneiros. Assim, o grupo durou apenas cinco anos, mas vendeu muitos discos e chegou a protagonizar um filme chamado “É Proibido Beijar As Melindrosas/Vamos Cantar Disco Baby” em 1979.

As Frenéticas

Em 1976, o compositor e produtor musical Nelson Motta inaugurou a discoteca Frenetic Dancing Days no Rio de Janeiro. Para servir as poucas mesas no espaço ocupado por uma enorme pista de dança, as garçonetes atendiam com malhas colantes, com saltos altíssimos e maquiagem carregada. Mas no meio da noite, elas subiam ao palco para cantar. E assim nasceu o sexteto As Frenéticas, formado por Sandra Pêra, Regina Chaves, Leiloca Neves, Lidoka Martuscelli, Dhu Moraes e Edyr de Castro. O grupo emplacou músicas em abertura de novelas da Globo até 1984. Houve uma breve volta em 1992 e em 2001. Mas o auge deu-se no fim dos anos 1970, com hits como “Dancin’ Days” e “Perigosa”, que fazem a alegria das festas dos pais da galerinha da geração Z.

Harmony Cats

Se o Rio de Janeiro tinha As Frenéticas, São Paulo respondeu à altura com as Harmony Cats, que também apostava na disco music. Entre 1976 e 1980 foi formado por Cidinha, Rita, Juanita, Maria Amélia e Vivian, que eram vistas como mais “comportadas” que as colegas cariocas. Curiosamente o quinteto não tinha músicas próprias e apostava em medleys de hits internacionais. Nos anos 1980 virou um trio formado por Vivian, Maria Amélia e Sylvia e viveu seu auge ao se apresentar constantemente em programas de TV até 1986, quando puseram fim às atividades.

Meia Soquete

Entre 1987 e 1990, o grupo Meia Soquete foi formado por Anne Cinthya Ramos, Calu Blancas Zulaud, Debora Calijiuri e Adriane Galisteu. A ideia veio após o fim do grupo Chispitas, que a atual apresentadora do “Power Couple” também fazia parte. O quarteto lançou apenas dois álbuns de estúdio, com sonoridade que lembrava o pop sessentista da Jovem Guarda. O maior sucesso foi “Dominguiera Dançante”, que garantiu a presença do quarteto em diversos programas de TV da época.

Paquitas

Inicialmente, as Paquitas eram apenas assistentes de palco de Xuxa nos programas infantis. Até que em 1989, a empresária Marlene Matos decidiu apostar numa carreira musical para as meninas. E o sucesso veio com força: juntos, os dois primeiros discos ultrapassaram a marca de 1,5 milhão de cópias. A alta rotatividade nas formações do grupo alimentava o sonho de 9 entre 10 meninas brasileiras de tornarem-se uma paquita, termo que virou sinônimo de profissão. Elas participaram de filmes, fizeram turnês grandiosas pelo país e chegaram a ter uma formação nos Estados Unidos com o nome de “Pixies”. Foi, talvez, o primeiro grande girlgroup brasileiro.

As Meninas

É preciso exaltar o pioneirismo d’As Meninas. Foram as primeiras a irem além do canto e da dança. Em 1997, Carla Regina (vocais), Angélica e Cibele (backing vocals), Fernanda Barbosa (guitarra), Jujuba e Ratinha (saxofone), Titi e Dilmara (percussionistas) apostavam no forró. Mas o sucesso nacional viria dois anos depois com o hit “Xibom Bombom”, que fez o álbum vender 400 mil cópias a cargo de uma canção alegre, mas com letra politizada – um outro avanço em relação a outros girlgroups. A formação clássica desfez-se em 2002 e o grupo resistiu até 2007.

As Ronaldinhas

Ronaldo era o jogador número 1 do mundo na segunda metade dos anos 1990. Mas os gols do Fenômeno não eram marcados apenas em campo. A lista de namoradas foi extensa nessa época, a ponto de duas delas – Viviane Brunieri e Nadya França – formarem a dupla As Ronaldinhas em 1997. Pegando carona no sucesso de grupos como É o Tchan, a dupla se associou a hitmakers baianos e lançou singles lascivos como “Melô do Picolé”.

Axé Blond

O axé music baiano estava no auge no fim dos anos 1990. Até que alguém teve a brilhante ideia de juntar mulheres paulistanas de cabelos loiros para dançar… axé. Não era uma época em que o Brasil discutia apropriação cultural, mas fato é que aquilo que tinha tudo pra dar errado acabou funcionando por algum tempo. A primeira formação do Axé Blond tinha Renata Guerreiro como vocalista e dançarinas que participaram do concurso para loira do Tchan (vencido por Sheila Mello). Mas foi a segunda formação, com Lucinha Cintra nos vocais e novas dançarinas, que conseguiu emplacar alguns sucessos radiofônicos. O grupo durou até 2006.

SNZ

Elas chegaram chamando atenção pelos nomes – Sarah Sheeva, Nãna Shara e Zabelê Gomes – pelo visual e por serem filhas de Baby do Brasil e Pepeu Gomes. O SNZ foi formado no Rio de Janeiro em 1997 com forte inspiração em grupos de r&b americano como o TLC. O primeiro disco saiu em 2000 e traz o hit “Retrato Imaginário”, que impulsionou as vendas e fez com que o trio fosse uma das atrações do Rock In Rio em janeiro de 2001. Porém, as aspirações religiosas de Sarah Sheeva e sua iminente saída fizeram com que o grupo chegasse ao fim.

Rouge

Oriundo do reality show “Popstars“, o Rouge foi formado em 2002 por Aline Wirley, Fantine Thó, Karin Hils, Li Martins e Lu Andrade. Imediatamente as meninas foram alçadas ao posto de grandes vendedoras de discos a cargo de hits como “Ragatanga”, “Não Dá pra Resistir”, “Brilha La Luna” e “Um Anjo Veio Me Falar”. A saída de Luciana em 2004, após o segundo álbum, abalou a popularidade das meninas, que apostaram em projetos solo. Em 2017 o retorno do quinteto foi muito celebrado pelos fãs, com direito à músicas novas e shows esgotados. Mas a reunião durou apenas dois anos e um novo hiato por tempo indeterminado foi anunciado.

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