Foi divulgado nesta quinta-feira (18) pela CNN que o governo da Coreia do Norte criticou abertamente a indústria do K-pop, alegando que a Coreia do Sul transforma seus idols em “escravos“.
BLACKPINK (Foto: Reprodução Internet)
Publicado no Arirang Meari, site de notícias oficial do governo da Coreia do Norte, o texto acusa a indústria musical e seus executivos, alegando exploração de artistas como BTS e BLACKPINK.
“Eles ficam presos a contratos inacreditavelmente injustos desde muito jovens, detidos em seus treinamentos e tratados como escravos após terem seus corpos, suas mentes e suas almas roubados por conglomerados viciados e corruptos ditos artísticos“, diz o texto, traduzido e noticiado pela CNN.
Nele, o governo norte-coreano relaciona a exploração com os inúmeros casos de depressão e suicído que acontecem no cenário do K-Pop. Um deles, talvez o mais conhecido, envolve Jonghyun, ex-integrante do SHINee , morto em 2017.
Jonghyun, ex-integrante do SHInee (Foto: Reprodução Internet)
Apesar de compartilhar a crítica, a CNN fez questão de relembrar que o governo da Coreia do Norte é acusado de abusos de direitos humanos – citando, inclusive, a manutenção de campos de trabalhos forçados para oposicionistas.
Além disso, a publicação também afirma que o texto nada mais é do que um “esforço norte-coreano para afastar e dificultar o acesso da população local a obras internacionais“.
O consumo de conteúdo estrangeiros na Coreia do Norte é restrito e seu governante Kim Jong-un deu a entender no começo desde ano que pretende intensificar tal controle. Ele está à frente do país desde 2011 e ocupa o cargo de líder supremo.