O Cordel do Fogo Encantado pode ser definido como um laboratório de experiências estéticas, onde folclore, música, religião e teatro se misturam, resultando em uma sonoridade marcada pelo sincretismo e poesia. E um pouco destas experiências foi apresentado, na madrugada desta sexta (30), ao público que lotou a Arena Universitária do Festival de Verão para acompanhar o som dos pernambucanos de Arco Verde, cidade definida pelo vocalista do Cordel, Lirinha, como ‘uma terra de loucos, misturas, maracatus, ciranda, poesia e teatro’.
Público lotou arena
A performance cênica de Lirinha, aliada ao violão regional de Clayton Barros e às batidas carregadas de autenticidade sob o comando de Emerson Calado, Nego Henrique e Rafa Almeida produzem uma música poeticamente rica e dançante, com letras sobre a vida do sertanejo, o amor, a dor, os mistérios e a beleza do sertão.
Ao som de ‘Pedrinha’, o Cordel do Fogo Encantado abriu o show, que contou ainda com uma versão dramática de Cio da Terra, de Milton Nascimento e dos clássicos ‘Preta’, ‘Salve’, ‘O Palhaço do Circo sem Futuro’ e ‘Morte e Vida Stanley’, que fizeram o público pular no chão e na arquibancada. Lirinha comentou ainda o quanto é importante respeitar as diferenças e acabar com os preconceitos. ‘Devemos celebrar cada momento, juntos e buscar a felicidade. Nosso valor não pode ser apenas o do dinheiro é preciso encontrar a harmonia entre os homens’, declarou.
Jajá subiu ao palco e cantou com Lirinha
E por falar em diversidade, o vocalista da banda baiana, Vivendo do Ócio, Jajá, foi convidado para cantar com o Cordel, a música ‘Chover’, para delírio dos fãs, que vieram de Aracaju, Minas Gerais, Pernambuco e de Cipó, interior da Bahia ‘celebrar’ a sonoridade cosmopolita do Cordel do Fogo Encantado.
Lirinha e Pedro Pondé
Com as Info.: Correio