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Conheça 7 dicas para otimizar sua presença no Spotify (ou outro DSP) com playlists próprias

Marina Mattoso - CEO Jangada Comunicação

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Não existe playlist que me sirva! E agora?

 

Da última vez falei das playlists de algoritmo e editoriais, então, hoje vamos às ações que você pode tomar caso não entre nas playlists do seu gênero; ou seu som seja supernichado e não tenha nenhuma playlist 100% relacionável.

– Leia o artigo “otimizando minha presença no Spotify (ou outro DSP) – Playlists editoriais e de algoritmo

 

É muito cansativo ficar todo lançamento depositando parte do sucesso da sua música na entrada em playlists editoriais.

Por isso, que tal passar o ano todo trabalhando uma playlist própria?! Como vou explicar no final desse texto, você não precisa ter lançado nada no Spotify pra poder criar e fomentar uma playlist (ao contrário do acesso ao Spotify 4 Artists).

Então, essa dica é pra todo mundo!

Você ter sob seu domínio a curadoria de uma playlist popular pode ser muito estratégico para os seus lançamentos. A Maria Rita, por exemplo, tem 10 playlists próprias.

Cada uma tem em média 900 seguidores. Isso permite a ela incluir seus novos lançamentos nas playlists dela que encaixarem melhor (do marketês – tiverem mais fit).

 

 

Algumas dicas pra você criar sua playlist:

 

  1. Pensar numa playlist relacionada ao seu universo musical.

    De que adianta você ter uma playlist superbombada de música infantil se você não vai lançar nenhuma música infantil? 

  2. Escolher no mínimo 20 músicas.

    Por que? Porque se ela tiver menos que 20 músicas, o usuário que usa o Spotify gratuito (do marketês, freemium) não vai poder ouvi-la.

    Pensei em explicar melhor a experiência de uso de quem tem o Spotify gratuito em um outro artigo. É muito importante prestar atenção nestes usuários porque eles são maioria dentre os usuários de Spotify.
    Gostou da ideia? Comenta no final do artigo então! 

  3. Incluir uma capa pra sua playlist e uma descrição, na qual você use fortes palavras-chaves.
  4. Definir uma frequência de atualização da playlist (quinzenal, por exemplo) e incluir esta informação na descrição.
  5. Se você tiver amigos intérpretes que tenham músicas boas e relacionáveis com sua playlist, use isso a seu favor!

    Inclua uma música de cada um deles na playlist. Depois eu vou te explicar o porquê.

  6. Investigar/pensar sobre o comportamento de busca dos seus seguidores ou, de quem se interessa naquele tipo de música, e usar isto a seu favor.

Por exemplo: O Gilberto Gil tem um álbum em homenagem ao Bob Marley chamado Kaya N’Gan Daya. Quase um Scwarzeneger dos álbuns.

Pensando nessa dificuldade da grafia, podemos criar uma nova playlist considerando que:

 

– Não pode ser uma playlist com músicas que fujam do universo do Kaya;

– O título deve ser Caia na Gandaia (pensando o que o público poderia buscar querendo encontrar o Kaya);

– A primeira faixa da playlist deve ser Kaya para que você satisfaça a pessoa que escreveu buscando este resultado;

– A pesquisa também pega palavras na descrição, então inclua palavras-chave relevantes.

Por exemplo: “Playlist baseada no álbum Kaya N’Gan Daya, de Gilberto Gil, que homenageia o rei do reggae, Robert ( Bob ) Nesta Marley com faixas como “Buffalo Soldier”, “Não Chore Mais (No Woman No Cry)” e “Three Little Birds.” Atualizada mensalmente.

 

Outro exemplo seria pensar numa playlist relacionada a um estado de espírito (do marketês, mood).

Então, se você tem muitas músicas que remetem a romance ou a sofrência, usa isso a seu favor.

Uma ferramenta legal pra te dar insights é o Google Trends, que indica palavras que acompanham seu artista nas pesquisas do Google.

Vamos tomar de exemplo a Marília Mendonça:

 

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Foto: Google Trends pesquisa com “marília mendonça” feita em 26 de março de 2020. Créditos: Google Trendds.

 

Aqui já temos 2 playlists de moods diferentes: a primeira pode se chamar “Supera” e a segunda, “Todo mundo vai sofrer”.

E cada uma delas ser populada por músicas relacionadas à superação de ex-amor e sofrimento por amor, respectivamente.

 

7. Por último mas não menos importante: não prejudique a saúde da sua playlist por motivos promocionais.

Se você tem uma playlist muito bem trabalhada e com bom número de seguidores mas, lançou um single que não tem nada a ver com a playlist, não força.

É melhor criar uma nova playlist com aquele mood do que prejudicar a experiência do usuário.

 

Depois de todo esse trabalho é óbvio mas não custa dizer: divulgue sua playlist nas redes sociais toda vez que a mesma for atualizada, pelo menos. Adicione a mesma no seu artist’s pick.

Ah, e lembra que eu disse pra você incluir músicas de amigos intérpretes se possível?

Agora é a hora de mandar sua playlist pra eles e tentar que eles divulguem a mesma nas suas redes (um storyzinho pelo menos, vai!) e, quiçá, incluindo a playlist no Artist’s Pick.

Essa dica vale também pros amigos em geral!

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Marina Mattoso atualmente CEO da Jangada Comunicação, agência focada em Planejamento Estratégico e Marketing de Conteúdo que tem “a bordo” artistas como Gilberto Gil, Adriana Calcanhotto, Maria Rita, Daniel Boaventura, Pretinho da Serrinha, entre outros.

A Jangada Comunicação assinou também o planejamento e execução do case digital da cantora Anitta através do lançamento mundial do vídeo-álbum trilíngue “Kisses”, em 2019.

Um dos maiores cases digitais do último ano, que possui a presença de parceiros nacionais e internacionais, além do time de Anitta e da Warner Music Brasil.