in

Como as redes sociais fizeram Fernando Rosa ser reconhecido como um dos instrumentistas mais influentes do mundo

O músico já foi notado por artistas como Lenny Kravitz, Adam Levine, Stefan Lessard e Spike Lee

Foto: Marcos Hermes/Divulgação

O baixista brasileiro Fernando Rosa foi reconhecido como um dos mais importantes e influentes instrumentistas do mundo pelo portal Scott’s Bass Lessons, considerado o maior portal especializado em contrabaixo do mundo. Impulsionado pelo momento ocasionado pela pandemia, o artista vem produzindo uma série de vídeos para a sua rede social e hoje possui quase meio milhão de seguidores em seu perfil do Instagram.

Apenas ele, seu contrabaixo, uma vitrola e uma câmera viajam pelo universo de clássicos da Black Music, do Funk e da Disco Music. Alguns desses vídeos alcançaram a marca de 2 milhões de views. O músico já foi notado por artistas como Lenny Kravitz, Adam Levine (Maroon 5) e Stefan Lessard (Dave Mathews Band). O Spike Lee segue apenas cinco pessoas no Instagram, sendo que o Fernando Rosa é um deles.

Leia mais:

Em entrevista ao POPLine.Biz é Mundo da Música, o baixista revelou que, por conta da sua exposição nas redes sociais, foi procurado para grandes trabalhos, fechou turnê internacional e por consequência ganhou muito prestígio e dinheiro.

“Sempre procurei trabalhar naturalmente. O que apresento no meu perfil sempre foi meu cotidiano. Tocar, pesquisar canções diariamente, como também ter um compromisso com a qualidade, são características naturais que sempre mantive. Comecei a utilizar mais a rede social no início da pandemia como todo mundo fez. Abri a câmera e comecei a dividir essa minha rotina”, revela Fernando.

Não esperava que fosse ter um crescimento tão rápido. Isso foi uma surpresa, realmente. Todo repertório, vídeo, cenários, figurino, e edições são feitos por mim. Algo que adoro fazer. As mudanças foram imensas. Tive acesso e fui procurado por grandes artistas, iniciei minha carreira artística no Brasil e no mundo, estabeleci parcerias com empresas de vários seguimentos, obtive uma turnê internacional, me tornei referência mundial no meu instrumento e estilo, fui procurado para grandes trabalhos e claro em consequência ganhei muito prestígio e dinheiro“, completa.

Do Instagram para Turnê Internacional

Em março Fernando segue para turnê pela Europa, com shows confirmados na Inglaterra, França, Alemanha e Dinamarca. Mas antes, neste sábado (15), o baixista apresenta seu Projeto ALIVE, levando para os palcos a sua “releitura” de clássicos dançantes e da música eletrônica, o primeiro show dele no Rio, no Teatro Prudential.

Acompanhado do baterista Cleverson Silva e do pianista e tecladista Vini Morales, Fernando Rosa leva ao público a uma jornada visual e sonora, com duetos virtuais com grandes estrelas da música internacional através de décadas de trilhas dançantes.

“Meu show é baseado no que tenho apresentado no perfil do Instagram. Procuro trazer canções que marcaram gerações. Muitos relembram momentos de suas vidas e outros passam a conhecer um mundo totalmente novo. Tudo isso é feito por mim com base em pesquisas durante anos”, conta o músico.

Na Europa já estão fechadas apresentações no The Jazz Café, de Londres, e no New Morning, de Paris. Na turnê Fernando Rosa estará acompanhado por ninguém menos que Derrick McKenzie, baterista do Jamiroquai.

Foto: Divulgação

Referências e inspirações

O baixista cria referências sonoras e personaliza as músicas com novas texturas, novas roupagens. Um trabalho que reafirma a sua posição de front man e elevou ainda mais o seu prestígio internacional.

Questionado sobre o seu reconhecimento internacional, antes mesmo da valorização interna, do seu próprio país, Fernando revela que sempre é “uma honra receber reconhecimentos internacionais. Eu acredito que em meu caso, tem a ver com o tipo de música que apresento. Grande parte do meu conteúdo são músicas que fazem sucesso no mundo. A maioria na língua inglesa”.

O artista vem inspirando uma nova geração de baixistas que o acompanha pelas redes sociais. Ele ainda não dá aulas, ou criou cursos (como muitos instrumentistas durante a pandemia), e revela que possui nenhum método específico.

“O Brasil é riquíssimo em talentos. Muitos utilizam meu perfil para fins didáticos. Eu coloco o baixo em evidência e sugiro muita coisa. Isso torna um conteúdo rico para quem quer aprender ou ampliar seu repertório”, conta.

Mas para ser referência, ele também teve suas inspirações. Ao ser questionado sobre quais os nomes marcaram sua vinda e o influenciaram, Fernando revela: “Essa talvez seja a reposta mais difícil para mim. Muitos nomes me vêm à mente. Gosto de muitos artistas de diferentes estilos. Mas vou citar três artistas/bandas que recomendo, mas isso é apenas uma gota desse oceano”. E finaliza citando nomes como Weather Report, Earth Wind and Fire, Steely Dan e, claro, Gilberto Gil.