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Como 2018 solidificou Khalid entre os artistas responsáveis pela volta do R&B às paradas internacionais


Você ouviu Khalid em 2018. Não, não errei a pontuação. A frase que iniciou o texto foi escrita para ser sim uma afirmação. Se você acompanha ou não a música internacional, este ano você ouviu pelo menos uma música do Khalid – com ele ou dele e independente do estilo.

Para começar, “Love Lies”. A faixa do filme “Love, Simon” introduziu muito bem a carreira solo da Normani (Fifth Harmony) e terminou 2018 com o título de música mais acionada no Shazam no segmento R&B/Soul; em 19º no ranking geral da Hot 100, a principal parada de singles dos Estados Unidos; também fechou o ano em 3º na Rhythmic Songs, em 6º na Pop Songs e em 20º na Radio Songs; e já vendeu mais de 2 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos. Para os fãs de música pop e sua idolatria por novas divas, foi a porta de entrada de Khalid nas playlists de um grande perfil consumidor de música.

Enquanto curtia o sucesso com “Love Lies” e sem se preocupar com paradas, Khalid arriscou colaborações com duas revelações da música para outras duas trilhas sonoras: com Billie Eilish para a segunda temporada do fenômeno “13 Reasons Why” e com H.E.R. em “This Way”, para a trilha com curadoria do rapper Future do filme “Superfly”. Em alta, ele também frequentou a parada de rap ao lado dos rappers Ty Dolla $ign e 6black com “OTW”, e do rapper Buddy em  “Trippin'”; esteve no ranking de música eletrônica com “Eastside”, do produtor Benny Blanco e que tem também Halsey nos vocais, e com “Ocean”, do Martin Garrix; de pop com “Youth”, música de Shawn Mendes; e de R&B com Sabrina Claudio em “Don’t Let Me Down”.

O resultado do ano, que ainda colheu frutos do álbum “American Teen” lançado em 2017, foram prêmios de “Melhor artista revelação de R&B” e “Álbum de R&B” do iHeartRadio Music Awards, “Artista revelação” do Billboard Music Awards, “Artista de R&B/hip-hop” do Teen Choice Awards, “Artista masculino de soul/R&B” no American Music Awards e um BMI Pop Awards. Para fechar 2018, lançou o aclamado EP “Suncity” de onde saiu a atual faixa de trabalho “Better”, e ainda viu o veterano Elton John regravar uma faixa do seu primeiro disco lançado ano passado.

Khalid faz parte de uma nova geração do R&B norte-americano responsável por novamente chamar atenção para o gênero que havia sido esquecido em detrimento do rap e do namoro do pop com a música eletrônica. Isso tudo sem pretensão de ser fenômeno ou tentando parecer com alguém já em evidência. Pelo contrário, é a voz aveludada e versátil do artista que dá a ele o título de uma das maiores promessas da atualidade. E tudo isso com apenas 20 anos.

Khalid passou de um “artista emergente” na parada da Billboard em 2016 para o lançamento do primeiro disco e indicado ao Grammy em 2017 e músico requisitado em 2018. Em 2019, teremos mais do jovem. O sucessor do “American Teen” é esperado já para o início do ano. “Eu nunca entro pensando em fazer um hit. Vou ao estúdio com pessoas que eu amo e respeito e vejo o que acontece. É mais sobre conhecer meus colegas e colocar seu coração e alma na música, e esperar que o resultado seja algo que ambos se sintam orgulhosos”, disse humildemente. Seja qual a receita, está dando certo.