O aniversário é de Pepita, mas quem ganha o presente somos nós! Nesta segunda-feira (25/01), a cantora comemora mais um ano de vida (36) e, para celebrar, concedeu uma entrevista ao caderno Ela, do Jornal “O Globo”, no domingo, para falar de sua trajetória e os projetos futuros de ser mãe.
Atualmente morando em São Paulo, Pepita nasceu no Méier, na Zona Norte do Rio de Janeiro e aos poucos foi tomando conta de seu espaço na música. Sempre flertar com diversos ritmos, seu último lançamento foi o brega-funk “Pega pega”, cujo clipe tem mais de 250 mil visualizações no YouTube. Cheia de motivos para comemorar, a artista que ainda deseja realizar um sonho.
“Já estou visitando orfanatos e conhecendo alguns anjos abençoados. Quando vou visitá-los, tenho certeza de que vou ser a melhor mãe do mundo. Vou ter orgulho de falar quem sou a eles, de ir à festa na escola, de ensinar. Se for menino vou ensiná-lo a não ser machista. A primeira coisa que temos que ensinar a um filho é ter personalidade. Assim, ele pode estar do lado de uma boca de fumo, que não vai fazer besteira”
Casada desde o ano passado com Kayque Nogueira, Pepita fez questão de vestir véu e grinalda na cerimônia. E explica por que: “Acho lindo uma mulher de noiva. Também acho lindo uma travesti de noiva. Ninguém esperava ver a Pepita, no dia 19 de setembro, às 16h, dizer ‘sim’ no altar. Sou pansexual, amo pessoas, e fui muito criticada quando fiquei noiva. Sou casada com um rapaz gay, que amo. A gente se dá bem em todos os sentidos. Não é à toa que estamos num processo de ele ser pai e eu ser mãe“, disse.
Se na vida pessoal a cantora está muito bem, obrigado, na vida profissional ela também não tem do que se queixar. Os planos para além da música estão no radar da cantora. “Vou aparecer na telona em dois filmes este ano e quero transformar meu programa numa peça, em que lerei cartas ao vivo”, adianta ela, que mantém um público fiel no “Cartas Para Pepita”, nas redes sociais.
No quadro, a artista, que deseja cursar psicologia futuramente, dá os mais diversos conselhos ao fãs – a quem chama de família. “Comecei recebendo 500 mensagens. Hoje, faço um stories dizendo que vai ter gravação e recebo mais de 2.500. Achava que só alcançaria o meu público, mas chego até uma mãe que não cuidava da vaidade e hoje se tornou uma nova pessoa”.
Sempre levantando a bandeira das mulheres travestis, Pepita sabe que é referência para muitas mulheres trans. “Desde o primeiro minuto em que me levanto da cama, já me posiciono. Ninguém precisa me cobrar. Já faço isso ao andar no mercado e na rua”, diz ela, do alto de seu corpo musculoso de 1,97m de altura.
“Procuram a gente no mês do ‘orgulho’ (o Dia da Visibilidade Trans é celebrado nesta sexta), porque acham que somos uma modinha. Pensam que a letra T (da sigla LGBTQIA+) só pode trabalhar na esquina e cuidar de cabelo de madame. Mas não. Pode ser advogada, dentista, mãe”.