O trio As Baías segue explorando sua veia mais Pop na nova etapa de sua carreira e agora chega com uma música que também carrega um significado social e pessoal grande. A faixa chama-se “Onça/Docilmente Selvagem” e é uma parceria do trio com Linn Da Quebrada e chega com um videoclipe todo em preto e branco.
Com ares de filme de época, incluindo nos figurinos cheios de classe, o videoclipe de “Onça/Docilmente Selvagem” coloca em imagens a música, que é considerada um manifesto trans para o trio As Baías e para Linn da Quebrada.
“Sim, eu acho que as pessoas em geral só querem agir de maneira oportuna e sensacionalista quando a pauta são as pessoas trans. Querem sempre nos associar a tristeza, falta de oportunidades, violência e a situações marginais. É como se os nossos “algoritmos”, já que essa é a palavra da vez, não pudessem ser associados a orgulho, vitória, realização empreendedorismo, obra de arte, família, amor, sucesso. E isso é alimentado por uma sociedade que quer sempre nos colocar coitadas ou criminosas”, explicou o trio em suas redes sociais.
Veja o clipe:
Campanha para o manifesto trans do trio As Baías
Carregando uma mensagem super importante, o trio As Baías esperam entrar no Top 200 do Spotify com “Onça/Docilmente Selvagem” e pede a ajuda do fãs
para que a faixa alcance 100 mil reproduções em 24 horas no Spotify – das 21h desta quinta (19/11) até às 21h de sexta-feira. Cada pessoa pode ouvir a música até dez vezes dentro da plataforma para a contagem.
Caso os 100 mil streams sejam alcançados, As Baías entrarão no Top 200 do Spotify com essa mensagem. Seria a primeira vez que três mulheres trans estariam juntas na parada das mais ouvidas.
Confira a letra de “Onça/Docilmente Selvagem”
Minha alma é livre,
meu faro reconhece de longe os que são dos meus
Não me peça que eu te siga
Nem diga não, a mim mesma
Minha alma é livre
Reconheço os meus, de sina e transparências
Lua brilhante em noites negras
Eu conheço suas veredas
Fico onde estou
Siga só
Meu jogo não é
Resta um
Nesse tabuleiro sigo em direção ao ser mais primitivo que sou
Onça ça, onça ça, sou
Onça ça, onça ça
Onça ça, onça ça, sou
Onça ça, onça ça
Onça ça, onça ça, sou
Onça ça, onça ça
Onça ça, onça ça, sou
Onça ça, onça ça
Docilmente Selvagem
Quatro patas, quatro cantos
Em delírios eu avanço
Procurando a diferença, na repetição
Com caninos de felina,
mastiguei minhas entranhas, com carinho
E agora eu vou te devorar, vou te devorar
Sou a onça e a pantera
Fera que era, mas não é
Nem nunca será
Fico onde estou
Siga só
Meu jogo não é
Resta um
Nesse tabuleiro sigo em direção ao ser mais primitivo que sou
Onça ça, onça ça, sou
Onça ça, onça ça
Onça ça, onça ça, sou
Onça ça, onça ça
Onça ça, onça ça, sou
Onça ça, onça ça
Onça ça, onça ça, sou
Onça ça, onça ça