Desde março de 2020 os shows ao vivo foram interrompidos por conta da pandemia do coronavírus. As aglomerações são totalmente desaconselháveis pela OMS. Com isso, foi inevitável uma crise no meio do entretenimento – muitas pessoas que trabalham nesse ramo estão sem como sobreviver, principalmente a equipe de bastidores.
A esperança é que uma vacina contra o coronavírus seja criada até o começo de 2021 e, então, as coisas voltem a se normalizar. No entanto, Marc Geiger, cofundador do importante festival Lollapalooza, não tem boas previsões. Para ele, os shows só devem voltar em 2022. Foi o que ele disse em entrevista ao The Bob Lefsetz Podcast.
“Meu palpite é de final de 2021, mais provavelmente em 2022. Acho que é assim que vai ser – todo mundo sabe como está… Na minha humilde opinião, será 2022“, disse ele sobre a probabilidade de retornar com as apresentações ao vivo com plateia em meio à crise global.
“Vai demorar tanto para o que eu chamo de economia da germafobia ser morta lentamente e ser substituído pelo que eu chamo de economia da claustrofobia, que é todo mundo quer sair e voltar para jantar e ter a vida e ir para festivais e ir a shows. E meu instinto é que vai demorar um pouco. Como você pode ver, esses eventos super aglomerados não se sairão muito bem enquanto o vírus estiver presente. Meu instinto é que o mundo tem um tempo muito longo e forçado… isso é maior que nós”, continuou ele.
E como a indústria do entretenimento fica até 2022? “É economicamente devastador. Eu não acho que qualquer desculpa possa ser apresentada… Haverá uma enorme quantidade de derramamento de sangue, falências, não será bom para a maioria da indústria“, continuou ele, nada otimista.
“A devastação econômica será maior do que as pessoas pensam. A reformulação será maior do que as pessoas pensam“, completa.
Diretores e os desafios em fazer videoclipes durante a quarentena
Os shows pararam e a produção de clipes mudou. Evitando aglomerações, a maioria dos vídeos são caseiros. O Portal POPline conversou com importantes diretores nacionais para saber mais sobre essa adaptação.
É possível criar soluções com uma equipe reduzida? Para Felipe Sassi, a sensibilidade do diretor é o que faz a diferença nessa situação. “Temos limitações, claro. Mas nesse momento é bom evitar contar uma história que tenha muitas pessoas, muitas mudanças de ambientes ou que necessitem de uma complexidade maior de luz, movimento de câmera e arte. Existem outras diversas limitações também, mas é possível produzir boas ideias que se tornam grandes clipes”.