O mercado de mídia social é super competitivo e o crescimento de uma plataforma de sucesso no espaço a partir do zero é um desafio. O mundo tem acompanhado o surgimento e crescimento de diversas plataformas, muitas, inclusive, impulsionadas pelo momento de pandemia global ocasionado pelo coronavírus, como por exemplo, o TikTok – que se tornou o aplicativo mais baixado do mundo em 2020.
A novidade que deve começar a dar o que falar nos próximos meses é o Clubhouse. Um aplicativo para iPhone, limitado apenas para convidados, que se baseia em voz (áudio) ao invés de mensagens visuais (como WhatsApp). É que a empresa, com menos de um ano de existência, está se aproximando de uma avaliação de 1 bilhão de dólares, de acordo com informações do The Information.
“Estamos trabalhando muito para dimensionar o Clubhouse o mais rápido possível e abri-lo para todos em breve. Nesse ínterim, qualquer pessoa pode entrar com um convite de um usuário existente ou se inscrever na lista de espera para que possamos recebê-lo em breve”, revelam Paul Davison e Rohan Seth, fundadores do aplicativo.
De acordo com uma postagem feita no site oficial da empresa, “o aplicativo acelerou rapidamente nos últimos dez meses – de um pequeno punhado de testadores beta para uma rede diversificada e crescente de comunidades”. Davison e Seth confirmaram, nesta mesma publicação, que conseguiram uma nova rodada de financiamento, mas não declararam o valor. Eles revelaram, no entanto, que o Clubhouse agora tem mais de 180 investidores.
“Nosso foco agora é abrir o Clubhouse para todo o mundo. Com essa meta em mente para 2021, garantimos uma nova rodada de financiamento. Sempre foi importante para nós ter investidores que se preocupam profundamente com a diversidade e que trabalharão para ajudar a tornar o Clubhouse uma comunidade acolhedora e inclusiva”, revelam os sócios.
A nova rodada de financiamento está sendo liderada por Andrew Chen, da Andreessen Horowitz. Chen também liderou a rodada da Série A da empresa em maio do ano passado, quando a empresa foi avaliada em US $100 milhões. Os fundadores da plataforma escreveram que planejam usar os novos fundos “para tornar o produto melhor a cada dia e para ajudar os criadores do Clubhouse a prosperar”.
Os sócios ainda revelaram que, apenas na semana passada, 2 milhões de pessoas usaram o aplicativo em todo o mundo, incluindo músicos, cientistas, criadores, atletas, comediantes, pais, empresários, corretores de ações, líderes sem fins lucrativos, autores, artistas, corretores imobiliários, fãs de esportes e muito mais.
Conheça o Clubhouse
Clubhouse é um novo tipo de rede baseada em voz, lançado em março de 2020 por Paul Davison e Rohan Seth e se descreve como “um espaço para conversas de áudio casuais – com amigos e outras pessoas interessantes ao redor do mundo”.
Por lá, quando o usuário abre o aplicativo, ele pode ver “salas” cheias de pessoas conversando – todas abertas para que outros convidados possam entrar e sair, explorando diferentes conversas. As salas são temáticas e podem ser filtradas de acordo com os gostos do usuário. Quem participa do app, pode encontrar chats com palestras, músicas, papos sobre tecnologia, entre outros assuntos.
Além disso, o usuário pode criar sua própria sala. Segundo o próprio aplicativo, lá “é um lugar para se encontrar com amigos e novas pessoas ao redor do mundo – para contar histórias, fazer perguntas, debater, aprender e ter conversas improvisadas sobre milhares de tópicos diferentes”.
Por que ainda não está aberto ao público?
Segundo os criadores, o app não se destina a ser exclusivo; apenas não está pronto para enviar a versão de lançamento geral ainda. Eles listam duas razões para isso:
Em primeiro lugar, a empresa explica que é importante aumentar as comunidades lentamente, em vez de aumentar a base de usuários da noite para o dia 10x. Isso ajuda a garantir que as coisas não quebrem, mantém a composição da comunidade diversa e nos permite ajustar o produto conforme ele cresce.
Em segundo lugar, por ser uma equipe pequena, eles ainda não terminaram de construir os recursos que os permitirão lidar com mais pessoas. “No momento, nós dois somos os únicos funcionários em tempo integral. Nós nos beneficiamos do suporte de muitos e estamos contratando ativamente. Mas, entre o dimensionamento da infraestrutura, o desenvolvimento de recursos, a coleta de feedback do produto e a construção geral da empresa, não houve muitas horas livres no dia. Além disso, temos quatro crianças entre nós pulando em nossos teclados enquanto digitamos”, revelam bem humorados.