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Clipe de “WAP” da Cardi B e da Megan Thee Stallion desperta ira de ativista pelos direitos dos animais

“Isso nunca dá certo e os gatos morrem ou acabam jogados em santuários. Ou, pior ainda, em criadouros”, critica Carola Baskin.

O clipe de “WAP”, parceria entre Cardi B e Megan Thee Stallion, já foi visto 60 milhões de vezes no YouTube desde seu upload na última sexta (7/8). Mas nem tudo é aclamação. O clipe já recebeu 11 mil “dislikes” e um deles é da ativista Carole Baskin, defensora dos direitos de grandes felinos. Ela acusa as rappers de abuso de animais.

(Foto: Reprodução / YouTube)

Em comunicado enviado para a imprensa, Carole Baskin acusa as estrelas do hip-hop de glamorizarem o fato de pessoas ricas terem tigres e felinos de grande porte. Para ela, a interação de Cardi B e Megan Thee Stallion com os animais, no contexto do clipe, faz com que todo fã “queira imitar e fazer o mesmo”.

A ativista explica que essa glamorização é o início de um ciclo tóxico para o bicho. A pessoa compra um felino grande e inevitavelmente o fim da história é um caso de abuso, praticado por zoológicos privados.

“Quando os tigres se tornam muito velhos para que pessoas como Joe Exotic, Bhagavan Antle, Marc McCarthy e Mario Tabrue paguem por sessões com eles, os animais se tornam um passivo em vez de um ativo. Embora eu ache que a maioria seja destruída atrás de portões fechados, alguns acabam doados para pessoas que querem ter um tigre para se exibir. Isso nunca dá certo e os gatos morrem ou acabam jogados em santuários. Ou, pior ainda, em criadouros. De qualquer forma, é sempre abusivo para o gato”, escreveu.

(Foto: Reprodução / YouTube)

Cardi B e Megan Thee Stallion não gravaram pessoalmente com os felinos

No clipe de “WAP”, Cardi B e Megan Thee Stallion não interagem de verdade com os felinos. As cenas em que os animais aparecem são resultado de efeitos visuais, graças à filmagem em chroma-key. Carole Baskin explica que, mesmo assim, as cenas glomerizam a posse do felino, além de colocar os animais em um ambiente estressante.

“Você tem que colocar um gato selvagem na frente de uma tela verde para obter essa imagem, e isso não acontece na natureza. Isso não pode acontecer em santuários como o nosso, onde os gatos têm muito espaço para evitar uma tela verde (ou iriam rasgá-la se tivessem acesso, e poderiam morrer por ingeri-la)”, criticou.

Carole Baskin conclui que a equipe de filmagem de “WAP” provavelmente trabalhou com Murder, Mayhem e Madness, “cafetões de tigres”, como ela diz. Os três são mostrados no documentário “Tiger King” da Netflix. “Eles ganham a vida espancando, chocando e deixando felinos famintos para que se posicionem na frente de uma tela verde em um estúdio”, afirmou.

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