Embora tenha sido um momento obscuro pra muita gente, o período da pandemia ‘clareou’ a mente de Thiago Mansur. Depois de ter subido ao palco de alguns dos maiores festivais de música do mundo, como Rock in Rio, Lollapalooza e Tomorrowland, o artista se deparou com o silêncio inerente ao isolamento e, então, voltou a encontrar sentido em fazer música e a curtir o processo. Agora, momento em que fortalece o pseudônimo de ATKO ≠, Thiago inaugura sua empreitada solo com o single “Clareou” e fala, ao POPline, sobre o conceito da música inspirado na esposa, a apresentadora e advogada Gabriela Prioli, e a filha, Ava, o futuro do duo Jetlag e mais. Confira!
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Poucos dias antes do lançamento de “Clareou”, que chegou aos tocadores nesta sexta-feira (8), Thiago Mansur contou ao POPline que o ‘estalo’ para criar o projeto solo veio na pandemia. À época, impossibilitado de se apresentar para multidões como estava acostumado e quando a família ainda era só ele e Gabriela, o artista se viu com tempo ocioso e ‘mergulhou de cabeça’ em uma maré de fazer música.
Foi, então, que ele entrou em contato com seu eu mais artístico e relembrou o quão gostoso é criar música sem pressões e grandes expectativas. Ele relembra as duas vezes que chegou ao topo da parada de músicas mais tocadas do Spotify Brasil, ao lado de Paulo Velloso, seu parceiro no Jetlag, e como esse ‘boom’ de sucesso mudou o rumo da dinâmica de trabalho e, sobretudo, seu entusiasmo pelo processo criativo.
“Teve uma época no Jetlag que a gente ficou muito grande, a gente teve a música mais tocada do Brasil por duas vezes, ‘Oração’ e ‘Trem Bala’. Teve uma vez que eu mandei o ranking pra minha mãe e tava em primeiro lugar ‘Oração’ e em segundo lugar, Ed Sheeran. Em terceiro lugar, Dua Lipa. E eu: ‘oi? Eu tô na frente do Ed Sheeran?’. No Brasil, a gente tava. A gente tava competindo com funk, com pop, com rock […]. E aí depois a gente lançou música com Alok, com Anitta, com muita gente grande, e a pressão por resultado foi o grande motivador do Jetlag depois de todas essas conquistas”, disse Thiago, revisitando o momento de auge do duo.
“Então, os nossos empresários [diziam]: ‘ah, mas essa música que você tá falando que vai ser legal comercialmente não vai ser aceita, não vai tocar na rádio, não vai performar’. E você fica refém do resultado, e você passa a não amar mais o processo. E eu acredito que quando você ama o processo, o resultado é só uma parte porque, se você for pensar, nossa vida é feita de processos […]. Então, se você não amar o processo, você vai viver infeliz um tempão, e feliz um pouquinho […]. O artista fica horas no estúdio, horas fazendo música, pensando estratégia, criando conceito, e pra tocar, é uma hora e meia de show, então você vai ser infeliz um tempão pra ser feliz um pouquinho”, reflete o DJ.
Mansur reconhece que, quando se está imerso em um trabalho colaborativo, como o do duo Jetlag, é preciso entender que não é só a sua identidade que vai prevalecer ali, e sim a de todos os envolvidos. Fazer música na pandemia desatado de toda a pressão do pós, e resgatando e redescobrindo sua própria identidade, foi o que fez o artista entender que era o momento de colocar o ATKO ≠ pra fora.
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A sensibilidade de “Clareou” e a relação da música com a esposa e a filha
Para inaugurar esse novo momento em sua carreira, Thiago decidiu retratar aquilo que tem maior valia para ele: a família. O momento de colocar esse projeto na estrada, inclusive, sempre esteve alinhado à família e ao que era prioridade pensando no bem do casal e da filha.
Em vários momentos, Gabriela se doou para ver os projetos de Thiago terem andamento e vice-versa, e o reflexo de toda esse cumplicidade está impresso na recém-lançada música. Além de retratar a chegada de Ava à vida do casal, a canção aborda uma forte ligação que os dois têm: ambos perderam os pais muito cedo e acreditam, com muita fé, que esse reencontro um dia irá acontecer.
“Eu perdi meu pai quando eu tinha seis meses, fiquei órfão, e a Gabi perdeu o pai dela quando ela tinha seis anos, então nós dois somos órfãos de pai. E aí, com o nascimento da Ava, a gente tem a chance de viver essa história com uma família completa, do pai, da mãe, do filho, de uma casa e tudo mais. Então é uma experiência única que a gente tem hoje, mas nunca teve a oportunidade antes. E, quando a gente fala: ‘acho que preciso de um milagre’, que é o início da letra da música, é exatamente o que a gente acredita […]. E esse milagre é a gente poder reencontrar nossos pais um dia”, detalha o artista a respeito da história que inspirou o single.
Próximos passos como ATKO ≠ e futuro do Jetlag
Apesar de já ter uma identidade definida para a sua personificação como ATKO ≠, a estruturação do projeto ainda está sendo desenhada e é algo que leva tempo. A proposta, porém, já está bem encaminhada, uma vez que Thiago confirma que já tem 16 músicas gravadas, um EP à vista e grandes colaborações já programadas para o futuro.
Enquanto vai, aos poucos, apresentando o ATKO ≠ ao público e posicionando o projeto no mercado, o artista segue com o Jetlag. Ele explica que honrará todos os compromissos já acordados como duo, mas que, mais adiante, pretende voltar 100% do seu tempo para o projeto solo.
“O ATKO ≠ vai ser a minha prioridade completa, então eu acredito que ele vai tomar muito o meu tempo por hora. Então, eu vou cumprir todos os compromissos que eu me comprometi com o Jetlag, mas o meu foco 100%, agora, é o ATKO ≠ […]. Acho que o Jetlag vai ter uma caminhada ainda que já tá desenhada, e aí no futuro acho que o ATKO ≠ deve me consumir muito mais do que eu possa ter de tempo livre pra me entregar pra outros projetos, não só pro Jetlag, mas pra outros projetos que tenho como produção de várias trilhas pra marcas, comerciais, várias coisas que eu faço. O ATKO ≠, tomando a proporção que eu estou vislumbrando, vou me dedicar bastante a isso”, conta ele.
Ouça “Clareou”:
[EMBED DA MÚSICA]