O relatório Global Perspectives & Solutions (GPS) do CitiBank de 2023 mostra que a Economia Criativa gerou cerca de US$ 60 bilhões em receitas em 2022. A estimativa é de 9% de crescimento anual até 2024, quando poderá atingir US$ 75 bilhões em receita.
Leia Mais:
- Confira 3 tendências da economia criativa para ficar de olho em 2023
- Culture Next de 2022: confira como a Geração Z está usando o áudio para ouvir e ser ouvida
- Análise do Google revela como a Geração Z consome música; entenda
Para uma indústria que mal existia há 5 anos, o CitiBank aponta que existem mais de 120 milhões de criadores de conteúdo com cerca de metade das receitas provenientes de plataformas de vídeo baseadas em anúncios, como o YouTube. Já a outra metade está espalhada por uma ampla gama de indústrias, como educação e podcasting, entre outros.
Ainda de acordo com o relatório, o valor da receita líquida que um criador obtém depois de pagar taxas para as várias plataformas varia consideravelmente. O documento afirma que um escritor do Substack gera, em média, US$ 25.000 por ano, enquanto o criador médio que usa o Patreon gera US$ 6.000 por ano. No outro extremo do espectro, os criadores do Twitch, Podcast, YouTube e Roblox ganham em média $ 530, $ 490, $ 150 e $ 50 por ano, respectivamente.
Ainda de acordo com o relatório, a relação inversa entre o número de criadores em uma plataforma e a receita média por criador sugere que um pequeno subconjunto de criadores tem um desempenho muito melhor do que a média.
No documento consta que depois de examinar empresas como YouTube, Twitch, Patreon e Substack, descobriu-se que a economia criativa é altamente concentrada. Ainda foi observado que no YouTube, mais de 90% das assinaturas da plataforma vieram de menos de 5% dos canais.
Com o advento da internet e dos smartphones, a criação de conteúdo deixou de ser centralizada. Como tal, gatekeepers como chefes de estúdio ou editores de masthead não eram mais necessários. No entanto, o relatório afirmou que plataformas de mídia social como Meta ou TikTok não compartilharam os despojos com os criadores de conteúdo e mantiveram todas as receitas para si.
A Economia Criativa
O conceito de Economia Criativa foi então criado quando as coisas começaram a mudar em todos os setores, uma vez os criadores de conteúdo encontraram maneiras de monetizar seu conteúdo diretamente com seus fãs.
O CitiBank no relatório afirma que os criadores precisam de ajuda e as plataformas podem ajudar. Para fornecer assistência aos criadores, as plataformas cobram taxas que podem variar de menos de 10% da receita do criador até quase 85%. Isso depende do valor que a plataforma oferece em cinco funções, incluindo criação, hospedagem, distribuição, promoção e monetização.
No documento ainda é afirmado que existem três áreas que vale a pena observar na Economia Criativa. O primeiro são as empresas tradicionais de mídia social que, segundo elas, podem começar a compartilhar alguns dos despojos econômicos com os criadores de conteúdo. Eles afirmaram que plataformas como o Twitter, por exemplo, podem começar a emular o modelo de negócios do YouTube. Ou outras plataformas, como Instagram e Facebook, avançando ainda mais no comércio eletrônico.
O segundo é observar a Web 3.0, que pode criar oportunidades para as plataformas para alavancarem a realidade aumentada, blockchain, criptografia e NFTs para alterar a economia criativa. Segundo o CitiBank, essas ferramentas podem ajudar a facilitar um relacionamento direto entre criadores de conteúdo e fãs com um papel reduzido para intermediários digitais.
A inteligência artificial, que é a terceira via descrita pelo relatório, pode alterar a economia criativa de várias maneiras, inclusive ajudando na criação de conteúdo e ajudando as marcas a encontrar o influenciador certo ou ajudando os consumidores a encontrar o conteúdo certo.