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Fãs de Christina Aguilera se mobilizam para os 10 anos do álbum “Bionic”


Vem aí mais um aniversário de álbum pop e mais uma hashtag idealizada a emplacar no Twitter. Fãs da Christina Aguilera estão se mobilizando para celebrar os 10 anos do álbum “Bionic”, lançado no dia 8 de junho de 2010.

Capa do álbum "Bionic", lançado por Christina Aguilera em 2010.
Capa do álbum “Bionic”, lançado por Christina Aguilera em 2010. Foto: Divulgação.

“Bionic” é considero o maior álbum incompreendido da discografia da Christina Aguilera. O disco chegou com uma sonoridade e com todas as imagens correlacionadas projetando algo futurista. Começando pela capa, que traz a cantora com seus característicos lábios vermelhos em evidência, mas com um dos lados do rosto estilizando um robô. No disco, Aguilera mistura música eletrônica, muitos sintetizadores, música pop e R&B de maneira mais arriscada à grande maioria dos artistas na época e coloca nos créditos nomes importantes como Ester Dean, Tricky Stewart, Linda Perry, Santi White, Claude Kelly, Sia e produtores como Polow da Don.

Os singles e a história por trás de “Not Myself Tonight”

As críticas foram mistas e muitos estranharam, principalmente porque “Bionic” era o disco sucessor do aclamado “Back to Basics” mesmo com quatro anos entre os projetos. Muitos não conseguiram assimilar a “nova” Xtina e sua experimentação. “Not Myself Tonight” foi o primeiro single e desafiou ainda mais o assunto sexualidade impresso no sucesso “Stripped”, principalmente com a chegada do videoclipe dirigido por Hype Williams. Apesar do debate sobre S&M ter voltado aos grandes veículos, muitos acusaram Xtina de falta de originalidade. “Bionic” ainda traz a querida dos fãs, “Whoohoo”, música com Nicki Minaj. No single seguinte, “You Lost Me”, Aguilera investiu em um dos pontos mais fortes da sua carreira que são as baladas.

“Bionic” começou a ser pensado e estruturado após a experiência de Christina Aguilera no filme “Burlesque” ao lado de Cher. Em papo com os fãs para a VH1 sobre os bastidores do disco e do primeiro single “Not Myself Tonight”, a cantora explicou na época que mergulhou tanto na vulnerabilidade da personagem Ali e se colocou em segundo plano, que quando a gravação foi encerrada ela estava pronta “para sair da jaula como um animal”. “Not Myself Tonight” resumia a energia e a frustração que ela sentia no momento.

Crítica e vendas

O “Bionic” não teve vendas desastrosas, mas para a unanimidade dos fãs de Xtina o projeto não teve a valorização que merecia, principalmente pelos arriscados temas e estéticas para a época. Por algumas vezes, Aguilera foi chamada de “sintética” e “forçada” pela crítica. “Bionic” estreou em terceiro na Billboard, chegou ao primeiro na parada canadense e britânica. No site do Metacritic, que reúne e faz uma média de notas das críticas elaboradas pela mídia, o disco pontuou 56 de 100. Entre os usuários, a nota sobe para 8.1.

#JusticeForBionic

Agora os fãs querem justiça ao disco. A hashtag #JusticeForBionic já começa a ser levantada nas redes sociais e deve ter seu pico mesmo na segunda-feira, 8, dia do aniversário de 10 anos. A ideia é que o reconhecimento venha, mesmo que tardiamente – assim como aconteceu com o “E=MC²” que entrou nas paradas digitais dos Estados Unidos recentemente, e “Glitter”, ambos discos da Mariah Carey, que entrou no Top 10 do iTunes há poucas semanas.

Ouça o “Bionic”