O empresário Pablo Marçal, candidato a prefeito de São Paulo pelo partido PRTB, causou tumulto e deu declarações polêmicas durante sua passagem pela 27ª Bienal do Livro. Segundo o ex-coach aspirante à prefeitura, ele pretende banir das escolas públicas os livros que “forem deturpar a produtividade, o crescimento e a liberdade”, seja lá o que isso signifique.
Ele não citou nenhum título específico, mas fala veio após uma pergunta da imprensa sobre a censura ao livro “O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, em escolas de Goiás e do Paraná. “O ensino no Brasil sempre foi pautado pelo comunismo. Vamos dar uma mudadinha nisso aí. Vamos chamar muitas pessoas para estudar os livros que serão colocados e tirados, mas com certeza terão livros que não fazem sentido para a formação cognitiva de ninguém, que estão deturpando ideologia”, disse o autor de livros de autoajuda.
Segundo Pablo Marçal, que está cada vez mais forte nas pesquisas de boca de urna, os colégios promovem “erotização” além de comunismo, por conta de professores que agem como “militantes de esquerda”. Ele quer tomar medidas conta isso. Questionado se pretende disponibilizar seus próprios livros em sala de aula, ele respondeu: “não precisa, não. A gente já vende muito livro no privado”.
(Foto: Divulgação)
Pablo Marçal causou tumulto na Bienal do Livro
Pablo Marçal esteve na Bienal do Livro depois de Guilherme Boulos, o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo. Mas sua presença no evento causou mais tumulto, o que irritou livreiros. Enquanto crianças e adolescentes pediam fotos com ele, outra parte do público gritava ofensas como “ladrão”, “bandido” e “lixo”, o que causou um clima de caos.