Uma cena de sexo do filme “Oppenheimer” está causando polêmica na Índia. Autoridades locais estão pedindo que a cena protagonizada por Cillian Murphy e Florence Pugh seja cortada do longa-metragem. O Comissário de Informação da Índia Uday Mahurkar publicou uma carta aberta afirmando que o trecho é um “ataque contundente ao hinduísmo”.
Por que a cena está causando tanta polêmica na Índia? Porque Oppenheimer (Cillian Murphy) lê o “Bagavadeguitá” enquanto penetra a amante Jean (Florence Pugh). O “Bagavadeguitá” é considerado uma escritura sagrada do hinduísmo. Na cena, Oppenheimer traduz um trecho da escritura (“eu me tornei a morte, destruidora de mundos”) durante a relação sexual.
As autoridades indianas defendem que a cena, além de desrespeitar as crenças religiosas dos hindus, “parece ser parte de uma conspiração maior das forças anti-hindus”. “Não sabemos a motivação e a lógica por trás dessa cena desnecessária na vida de um cientista”, diz o texto de Uday, “existe um termo que se tornou popular para aqueles que tentam cruzar essa linha vermelha, islamofobia”.
“Oppenheimer” supera expectativas de bilheteria
Christopher Nolan, diretor do filme, não se pronunciou sobre a controvérsia, assim como a Universal Pictures. O estúdio está em festa, porque o filme superou as expectativas e faturou US$ 174,1 milhões de bilheteria global no fim de semana.
“Oppenheimer” registrou a terceira maior estreia da carreira de Christopher Nolan, tanto nos Estados Unidos quanto mundialmente, atrás apenas de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012) e “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008). E essa é uma biografia de um físico. Não tem o apelo de um super-herói dos quadrinhos.