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Cátia Paganote defende: “não tenho nada contra Marlene Mattos. Foi ruim e foi boa”

“Tive uma fase que precisei, e Marlene Mattos foi lá e me ajudou financeiramente”, conta a ex-Paquita Cátia Paganote.
Cátia Paganote defende: "não tenho nada contra Marlene Mattos. Foi ruim e foi boa"
(Fotos: Acervo Pessoal)

A ex-Paquita Cátia Paganote, a Miúxa, falou sobre a diretora Marlene Mattos em uma nova entrevista. As duas trabalharam juntas nos programas de Xuxa Meneghel nos anos 1980 e 1990. “Não tenho nada contra a Marlene. Até sou grata, porque ela me ajudou muito em uma parte da minha vida. Tive uma fase que precisei, e ela foi lá e me ajudou financeiramente. Não tenho nada contra”, lembra.

Cátia Paganote defende: "não tenho nada contra Marlene Mattos. Foi ruim e foi boa"

(Foto: YouTube / Agora POD)

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“Mas sei também que sofri com ela. Sei que ela foi abusiva em certos momentos. Mas todo mundo. Todas as pessoas da produção queriam dar esporro nas Paquitas. Sofremos? Sofremos. Marlene foi ruim? Foi ruim e foi boa. Não foi totalmente ruim”, Cátia diz ao podcast “Agora POD”.

“Se a Marlene não gritasse, muita coisa não funcionaria”, diz Cátia Paganote

Para ela, os erros foram as longas jornadas de trabalho para as Paquitas, que eram crianças, e os esporros muitas vezes exagerados. “Naquela época, acho que se ela não gritasse, muita coisa não funcionaria”, opina Cátia Paganote. As gravações varavam madrugada adentro e as meninas precisavam acordar cedo para ir à escola no dia seguinte. Isso era visto como algo normal nos anos 1980. Cátia admite que o colégio acabava ficando em segundo plano.

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Cátia Paganote, a Miuxa (Foto: Acervo Pessoal)

“Naquela época, era totalmente diferente. Hoje, a mãe agacha e olha no olho do filho para ele entender. Naquela época, os pais falavam uma vez. Na segunda, era um tapa. Eu acho que a Marlene me ensinou muito. Também acho que ela foi muito dura para que não acontecessem problemas. Imagine oito meninas viajando o mundo todo. [Ela era rígida] Para que uma de nós não aparecesse grávida, ou sei lá alguma outra coisa. Assédio… Ela guardava a gente a sete chaves. Era o corredor com seguranças nas escadas, no elevador. A gente saía dali protegida. Tinha uma enfermeira que acompanhava a gente, um maquiador. Foi rígido? Foi. Mas não vejo nenhuma das Paquitas aparecendo aí drogada, com depressão. Você vê meninas normais. Você não vê nenhuma indo nas redes sociais chorar que está com depressão. A gente foi criada com rigidez mesmo e isso foi importante para o caráter que a gente tem hoje”, conclui.

O documentário das Paquitas estreia em 16 de setembro.

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