Em meio as investigações da Operação Integration, Deolane Bezerra voltou para o sistema carcerário de Pernambuco nesta semana após descumprir medidas cautelares. Sua defesa tentou um segundo pedindo de habeas corpus, mas a Justiça não permitiu. Sendo assim, agora ela se encontra em Buíque, a 280 quilômetros do Recife, e não tem previsão para ser liberada.
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A prisão de Deolane aconteceu no dia 4 de setembro, quando ela e sua mãe, Solange Bezerra, foram levadas para a Colônia Penal Feminina do Recife. Dias depois, em 9 de setembro, a advogada foi beneficiada por um habeas corpus previsto na legislação para quem tem filhos até 12 anos. Ela tem uma filha caçula de oito anos.
Contudo, sua prisão domiciliar foi revogada por descumprimento de medidas cautelares. Ela não poderia dar entrevistas nem se manifestar sobre o caso. No entanto, após colocar uma tornozeleira eletrônica e ser liberada da cadeia, Deolane falou com a imprensa e com fãs na saída do presídio e postou, no Instagram, uma foto com a boca coberta por uma fita com um “X” no meio.
Desembargador explica porque habeas corpus foi negado
Na decisão judicial publicada na quarta-feira (11) em que negou o novo pedido de habeas corpus, conforme noticiado pelo g1, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do processo, afirmou que Deolane “afrontou” a ordem judicial assim que saiu da unidade prisional.
“A autoridade policial noticiou que a paciente [Deolane], mal pisou fora do estabelecimento prisional, cuidou de se manifestar sobre o processo perante a imprensa e postou mensagem que remete subliminarmente ao processo em rede social, afrontando as medidas cautelares que lhe foram impostas. Vejo, especialmente, como gravíssima a tentativa de mobilizar milhões de pessoas contra uma investigação policial em curso, que procura apurar condutas que podem estar na base de crimes de gigantesca monta contra o Estado e a sociedade”, disse.
Nesse segundo pedido de habeas corpus, a defesa de Deolane argumentou que, ao sair da Colônia Penal Feminina do Recife, a advogada disse às pessoas presentes que não poderia se manifestar, mas “o assédio a seu redor” era excessivo e, por isso, ela falou que se sentia injustiçada “sem direcionar a fala a qualquer pessoa”.
“Se a paciente [Deolane] foi autorizada a deixar o cárcere, foi exclusivamente pensando no bem da sua filha, de tenra idade. […] Lastimo que a paciente [Deolane] não tenha tido para com a sua filha a mesma prioridade, atenção e cuidado que a Justiça brasileira teve, mas diante da gravidade dos fatos, tenho que agiu acertadamente a MM (meritíssima) Juíza quando decretou a prisão preventiva da paciente”, completou o desembargador.