O POPline já te explicou como acompanhar a primeira noite de apresentações do Carnaval do Rio de Janeiro! Agora, chegou a vez de você saber tudinho sobre a segunda noite, nesta quinta-feira (21), quando oito escolas da Série Ouro desfilarão na Marquês de Sapucaí para disputar uma vaga no Grupo Especial.
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Diferente do Grupo Especial, a transmissão da Série Ouro será um pouquinho diferente! O sinal estará aberto para o Brasil inteiro no Globoplay a partir das 21h, horário de início dos desfiles. Já na TV, a Globo transmitirá — apenas para o Rio de Janeiro — a partir de 00h05, logo após o BBB22.
A seguir, confira a ordem de apresentação das oito escolas que fecharão o segundo dia da Série Ouro:
Lins Imperial
Quem abre segunda noite da Série Ouro às 21h é a Lins Imperial, que homenageará o humorista e artista Mussum, batizado como Antônio Carlos Bernardes Gomes. Ele nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins, e será lembrado tanto por sua carreira musical no grupo Originais do Samba como pelo sucesso nacional como humorista nos “Trapalhões”, declarou o carnavalesco Eduardo Gonçalves. A Verde e Rosa inicia seu desfile às 21h.
Inocentes de Belford Roxo
A Inocentes de Belford Roxo levará para a Marquês de Sapucaí entre 21h45 e 21h55 uma festa que acontece no Carnaval do Recife e celebra a ancestralidade negra, a Noite dos Tambores Silenciosos. Segundo o carnavalesco Lucas Milato, a escola falará justamente sobre o ápice do ritual, quando chega meia-noite e as luzes se apagam.
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Estácio de Sá
O G.R.E.S. Estácio de Sá, terceira escola a desfilar entre 22h30 e 22h50, vai fazer uma releitura do enredo de 1995, quando cantou o centenário do Flamengo. A proposta dos carnavalescos Mauro Leite e Wagner Gonçalves é cobrir a Passarela do Samba de vermelho e preto, transportando a emoção da torcida dos estádios para a pista do Sambódromo. Na primeira edição do enredo, o samba foi interpretado por Dominguinhos do Estácio, compositor que morreu aos 79 anos em maio de 2021.
Acadêmicos de Santa Cruz
Santa Cruz vai levar para a Marquês de Sapucaí, entre 23h15 e 23h45, a história de luta e de sucesso do ator e diretor Milton Gonçalves. Ele será o rei da escola, que vai coroá-lo em diversos momentos no desfile. O carnavalesco Cid Carvalho diz que vai ter catupé — dança que é uma variedade do congo — na Avenida e o enredo fará um paralelo entre a história do ator e os orixás.
Unidos de Padre Miguel
A Unidos de Padre Miguel contará a força de Irôko, o orixá do tempo, do conhecimento e da ancestralidade entre 0h e 0h40, já na madrugada de sexta (23). “Irôko tem uma importância, apesar de não ter sido difundido como orixá no Brasil, muito grande para a ancestralidade, para o conhecimento, muitos conhecem como tempo”, ressaltou o carnavalesco Edson Pereira. O enredo tem a importância de fazer com que o povo veja uma parte de si mesmo na Sapucaí.
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Acadêmicos de Vigário Geral
Entre 0h45 e 1h35, a Acadêmicos de Vigário Geral levará para a Avenida a Pequena África, região marcada pela chegada de escravizados na cidade do Rio de Janeiro — a área é território de resistência negra e cultural, com pontos históricos como a Pedra do Sal, o Cais do Valongo e o Cemitério dos Pretos Novos. Segundo os carnavalescos Marcus do Val, Alexandre Costa Pereira e Lino Sales, essa história não pode cair no esquecimento para que nunca mais volte a acontecer.
Império da Tijuca
O Império da Tijuca traz o enredo “Samba de Quilombo – a resistência pela raiz” sobre o Grêmio Recreativo fundado por Antonio Candeia, que saiu da Portela para criar a agremiação de resistência negra junto a baluartes como Martinho da Vila e Paulinho da Viola. O carnavalesco Guilherme Estevão destaca que a escola de samba era uma forma de protestar contra o processo de “embranquecimento” do carnaval, de transformar o carnaval num grande mercado. O desfile está previsto para acontecer entre 1h30 e 2h30.
Império Serrano
O Império Serrano fecha o carnaval da Série Ouro de 2022, entre 2h15 e 2h25, com uma homenagem a Manoel Henrique Pereira, o Besouro Mangangá, um capoeirista baiano que entrou para a nossa história e que, segundo a lenda, tinha o corpo fechado e protegido pelos orixás. Ele, segundo o carnavalesco Leandro Vieira, também teve grande importância na política social da Bahia.