A declaração de Carlinhos Maia sobre não revelar seu voto para evitar o cancelamento repercutiu. O influencer tem mais de 26 milhões de seguidores no Instagram, mas teme que este número diminua caso revele sua escolha para candidato à presidência do Brasil. Acontece que ele tornou-se alvo de muitas críticas e tentou se justificar, dizendo: “O voto é secreto. […] É uma escolha minha”.
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Tudo começou na última quinta-feira (1º), com Carlinhos Maia perguntando aos fãs quem eles achavam que seria sua opção de voto. “Tudo ‘doido’ para saber em quem voto. Está doido!”, disse. Em seguida, declarou: “Digo não, sabe por quê? É tão ruim perder seguidor, é uma peleja conquistar vocês”.
“Quando passar a campanha [eleitoral], digo em quem votei: quem ganhar, digo que votei”, finalizou.
A decisão dele chamou a atenção. “Carlinhos Maia dizendo que não vai se posicionar nessa política pra não perder seguidores choca um total de 0 pessoas, até pq ele só pensa nele e no que traz engajamento pra suas redes. Uó demais esse tipo de figura pública”, declarou uma internauta. Outros, apostaram que ele só não queria falar porque supostamente pretende votar em Jair Bolsonaro.
Por causa disso, o influencer recorreu ao Twitter: “De uma vez POR TODAS. EU NÃO VOTO nem NUNCA VOTEI NO BOLSONARO”.
De uma vez POR TODAS. EU NÃO VOTO nem NUNCA VOTEI NO BOLSONARO.
— Carlinhos Maia (@Carlinhosmaiaof) September 1, 2022
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Depois, no Instagram, ele deixou o seguinte comentário em uma página de fofoca que noticiou o caso. “O VOTO É SECRETO!!! Já me posicionei em QUEM não vou votar. Mas, confesso que tenho medo sim, dessa violência política, dessa perseguição e maldades que fazem com quem se envolve nisso”.
“Quando vim pra internet foi pra fazer entretenimento, palhaçada, gravar conteúdo, confesso que hoje não tenho mais saco pra ficar sendo atacado por um bando de gente que não respeita sua opinião. É uma escolha minha“, finalizou.
De fato o voto é secreto. Ele foi instituído pelo Código Eleitoral de 1932, durante o início da Era Vargas, em contraposição ao contexto de fraudes generalizadas da Primeira República (1889-1930). Antes dele, existia o voto de cabresto, pautado pelo coronelismo, onde se tinha a ‘compra de votos’ e abuso do poder econômico. O sigilo, por sua vez, permite que os eleitores votem independente de qualquer pressão externa.
Porém, não estamos falando de imposição quando artistas simplesmente se posicionam politicamente. Muito pelo contrário, grandes vozes estão se manifestando com o objetivo de ajudar, repassar conhecimento e, principalmente, diminuir cada vez mais a propagação de fake news. Algo que Carlinhos Maia, um influencer LGBTQIA+, poderia fazer já que alcança milhões de pessoas diariamente.