O multiartista Carlinhos Brown, através da sua empresa Pilar Produções e Eventos, fechou uma parceria com a Join Entretenimento, dos empresários Fabio Almeida e Camila Rebouças, para gestão de carreira e representação comercial dos seus projetos.
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O empresário Fabio Almeida já trabalhou com Brown em outros momentos. Entre eles, foi parceiro de projetos como o início do Sarau do Brown e na produção de Mar Revolto, disco de rock de Carlinhos, de acordo com informações do portal iBahia.
“Então, na verdade já existe uma relação profissional, pontual com ele, quando eu era da TAG. Os primeiros discos que eu produzi na minha vida foram na Ilha dos Sapos. Brown é um talento mundial, de uma experiência absurda, uma pessoa que com o talento dele rompe fronteiras musicais, de linguagem. É um artista que representa a alegria, que representa a Bahia de uma forma extremamente genuína. Além de ser engajado em pautas sociais, ambientais e de gênero há muito tempo”, disse Fabio Almeida.
Sobre o futuro da parceria, Fabio antecipa que, em breve, lançarão projetos que destaquem a Bahia e o Brasil.
“Juntos realizaremos muitas coisas, muitos projetos que enalteçam a Bahia e o Brasil. Brown é plural, representa em si a história e o atual e sempre olhando pra frente. Estar junto com ele é motivo de orgulho para qualquer profissional que tenha excelência como primazia!”, destaca Almeida.
Disco de Carlinhos Brown e banda Mar Revolto chega em todas plataformas digitais no Dia do Rock
Em tempo, o álbum “Carlinhos Brown É Mar Revolto” – que foi lançado inicialmente em novembro de 2022, com exclusividade na Apple Music -, chega a todas as plataformas digitais no Dia Mundial do Rock, 13 de julho. O disco foi gravado ao lado dos integrantes do Mar Revolto (Geo Benjamin, Raul Carlos Gomes e Otávio Américo), grupo baiano de rock no qual o artista iniciou sua carreira no final dos anos 70, início dos anos 80.
Com 11 músicas, o trabalho inédito conta com participações especiais como Rita Lee, Rafael Bittencourt, guitarrista do Angra, Bruno Valverde, baterista do Angra e Tarja Turunen, que foi vocalista da banda finlandesa Nightwish. Miguel Freitas (MIGGA) também marca presença no álbum com a sua primeira gravação em estúdio, aos 10 anos. O lançamento será feito pelo selo de Brown Candyall Music, e o pré save já está disponível no link.
As participações especiais são um destaque a parte do lançamento. Rita Lee chegou a fazer um feat com Brown, que também assina a percussão de ‘Menininha Tão Novinha’, terceira faixa do álbum. A canção de ritmo intenso e dançante fala sobre uma menina, que agora cresceu e está “saidinha”.
“É uma emoção muito grande poder trazer a participação de Rita Lee nos vocais e fazer este lançamento justamente no dia do rock. À época ela disse que queria fazer uma coisa inusitada, foi lindo e espontâneo”, relembra Carlinhos.
Já o trio de músicos convidados Rafael Bittencourt, Tarja Turunen e Bruno Valverde divide a faixa ‘Desertificação’. Com uma pegada bem mais rock n´roll, a música inclui batidas típicas do gênero que se misturam a um ritmo de xaxado.
Gravado originalmente em 2007, o disco revela a proximidade de Brown com o estilo musical que faz parte da trajetória do cantor e foi o pontapé inicial de uma trilogia para celebrar os seus 60 anos, comemorado em novembro. Em fevereiro o artista lançou um álbum com músicas inéditas de Carnaval, ‘Pop Xirê’. Ao longo de 2023, Brown ainda vai lançar mais um álbum com músicas inéditas instrumentais.
“Comecei a tocar rock no final dos anos 70 nos chamados bandas de baile, em Salvador. Eram bandas que organizavam os repertórios e como eu tinha facilidade para pegar as percussões apenas de ouvido, comecei, de forma muito iniciante, em bandas Monjes, Oliveira e Califórnia. Mas foi em uma banda chamada Torna Sol que eu fiz o encontro mais definitivo com o rock’, explica Brown.
Ele continua e reforça a importância de Moraes Moreira e A Cor do Som: “Eles foram fundamentais para impulsionar percussionistas em bandas roqueiras e foi em uma dessas oportunidades que fui convidado a integrar a percussão da banda Mar Revolto em participações no trio elétrico. Infelizmente, por questões financeiras na época, não consegui participar da gravação em estúdio com eles, mas o mais importante é que nunca deixei o rock”, conclui.
Ao longo da carreira Brown teve diferentes encontros com o rock. Participou do álbum ‘The Roots’, do Sepultura, principalmente na faixa de sua autoria ‘Ratamahatta’, foi convidado para produzir o álbum do Scorpions, para tocar com o Living Colour e com o guitarrista americano Steve Vai, inclusive, deu o nome a sua filha Nina em homenagem a Nina Hagen.
Brown também inovou no Carnaval de Salvador em 2016, quando levou Angra e Sepultura para a festa e batizou seu camarote andante de Black Rock. O rock ainda deu a ele a oportunidade de se aproximar de Caetano Veloso, após um primeiro encontro com os Paralamas do Sucesso, com Djavan, com quem também já trabalhou e com os músicos do Titãs. Mais recentemente, Brown participou do DVD do Capital Inicial, que será lançado este mês.
Agora, 15 anos depois de gravado, ‘Carlinhos Brown É Mar Revolto’ é o resultado de um convite, feito por Brownpara que os integrantes da banda participassem de um dos seus álbuns. Mas, segundo o cantor, “estava tão bom que a gente começou a tocar, tocar e falamos ‘vamos gravar alguma coisa sem compromisso?’ e foi assim. Foi feito com leveza, esperamos o momento certo”. Carlinhos Brown assina 10, das 11 músicas do disco – a exceção é para “É”, de Gilberto Gil – , a maioria em parceria com compositores como Raul Carlos Gomes, Silvio Pereira, Geo Benjamim, Otávio Américo, Raquel Jacobs, Arnaldo Antunes e Michael Sullivan.
Outro destaque do álbum é a primeira participação de seu filho MIGGA em uma gravação em estúdio. Aos 10 anos na época ( 2007), ele tocou escaleta na faixa Travelling. Em 2018, ao retornar para as gravações, MIGGA é responsável pela bateria em cinco faixas do lançamento.