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Cápsula do tempo: Billie Eilish faz a mesma entrevista em quatro anos e revela 16 músicas novas. Confira!

Proposta da “Vanity Fair” é mostrar a evolução dos artistas ao longo dos anos

Billie Eilish e Shark. Foto: Reprodução de vídeo

O que você diria para si mesmo se tivesse a oportunidade de entrar numa capsula do tempo? Foi mais ou menos essa a experiência que Billie Eilish teve em sua quarta entrevista anual para a “Vanity Fair”, divulgada nesta segunda-feira. A proposta foi simples: a cantora analisou respostas que deu para as mesmas perguntas da publicação nos anos de 2017, 2018 e 2019. As reações da artistas foram as mais variadas. Ela discordou, concordou e até debochou da Billie do passado.

Mas fato é, que, em meio a tudo isso, a artista contou momentos desafiadores da pandemia, disse que pretende cantar até os 90 anos e revelou ainda que está trabalhando em 16 novas músicas. Será que teremos um álbum muito em breve?

A série de conteúdos visa acompanhar a evolução da artista, repetindo as mesmas perguntas todos os anos. Nas três primeiras entrevistas, quando perguntada sobre quem era o melhor amigo dela, Billie sempre respondeu que era o irmão Finneas. Já na edição deste ano, ela fez uma pequena lista de amigos e apresentou seu novo pet: Shark, um pitbull de apenas oito meses.

Billie começou aos 15 anos, seguidas por 257 mil pessoas no Instagram. Hoje, ela acumula 67,5 milhões de seguidores, com uma rede poderosa de amigos. Ela está recebendo conselhos de outros artistas como Justin Bieber, Ariana Grande e Katy Perry, pessoas que ela disse que passaram “pela merda e as partes incríveis disso tudo”. No entanto, houve uma boa parte sobre chegar onde ela está hoje. “Ficar cada vez maior me deixa mais confortável em não ter que provar meu valor” garante.

“Pessoas estenderam a mão para mim. E isso foi muito importante. Tive conversas com Bieber, de como nossas vidas são loucas. A Ariana sempre é muito legal. Até mesmo com Katy Perry, que me disse que poderia contar com ela sempre. Falar sobre isso é uma loucura. São pessoas que já passaram por tudo isso antes de mim e continuam passando”, refletiu.

Billie Eilish cabelo preto e verde
Foto: Billboard

A pandemia do novo coronavírus foi tema da entrevista. Ela tinha três datas de turnê com ingressos esgotados quando seus shows foram cancelados num futuro imprevisível. “Definitivamente, eu não estou onde eu pensei que estraria, mas também não estou brava: tenho muita sorte de ter esse ano para produzir. Tem sido um inferno pra muita gente, mas sinto que fui muito abençoada, pela sorte que tive esse ano. Mesmo que o ano tenha sido uma merda. Mas ainda estamos vivos” ressaltou.

Com uma agenda atribulada, Billie disse à publicação no ano passado que gostaria de ter 100 dias de folga em 2020. A Billie atual arregalou os olhos e confrontou: “Eu disse 100 dias? Você conseguiu o que desejou, garota. Está feliz?”, debochou ela, aos risos. “Esse é o maior tempo livre que eu tive em cinco anos. Mas direi que fiz e criei coisas que jamais teria criado sem este período. Gostaria que as coisas voltassem ao normal. Mas também sou grata pelo o que me foi dado”.

 

Nesse turbilhão criativo, durante o isolamento, 16 músicas foram criadas pela artista norte-americana. “São 16 músicas novas, e eu amo todas elas”, revelou ela, contando seu maior desafio de carreira.  “Nunca pensei que seria capaz de fazer shows. Passei tanto tempo temendo, que um dia eu me dei essa permissão. Parece estúpido, mas eu consegui”, diz.

Desde o ano passado, a agora com 18 anos se tornou a segunda pessoa na história a varrer as categorias principais no Grammy, a cantora de uma música tema de James Bond e uma representante da Geração Z na Convenção Nacional Democrata, onde instigou os espectadores para votar em Joe Biden. Na quarta entrevista no que agora se tornou uma tradição genuína, Eilish disse que acha que provavelmente estará “fazendo essa merda até os 90 anos”.

Foto: Reprodução/Twitter

Ela também mencionou que aproveitou o tempo livre para se envolver mais na política e participar de alguns protestos. “Aprendi muito mais sobre a forma como as pessoas vivem, de que não sabia antes. A crise climática e a injustiça social e todas as coisas ruins me fizeram pensar de forma diferente ”, disse ela. “Nunca vou parar de lutar por todas as pessoas negras e pardas que perderam a vida devido à brutalidade policial.” Ela também mencionou seu desejo de continuar lutando por justiça no caso de Breonna Taylor .