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Capa da Vogue, Taylor Swift reflete sobre direitos da causa LGBTQ e a necessidade de falar abertamente sobre o assunto


Como todo ciclo da carreira de Taylor Swift, quando um álbum está para ser lançado a cantora consegue, pelo menos, uma grande capa e entrevista para alguma importante revista norte-americana. Com o álbum “Lover” para sair no dia 23 de agosto, não foi diferente. A Vogue liberou nesta quinta-feira (8) a capa, conversa e um artigo sobre a cantora que recebeu a jornalista Abby Aguirre em sua casa e nos bastidores do videoclipe de “You Need to Calm Down”. O tema LGBTQ e seus direitos e sexismo foram recorrentes na reportagem.

“Talvez um ano ou dois anos atrás, Todrick [Hall] e eu estávamos no carro e ele me perguntou ‘o que você faria se seu filho fosse gay?’. ‘O fato dele ter que me perguntar isso… me chocou e me fez entender que talvez eu não tivesse sido clara o suficiente ainda. ‘Se meu filho fosse gay, ele seria gay. Não entendi a pergunta'”, disse ela. “Se ele estava pensando isso, não consigo imaginar o que meus fãs na comunidade LGBTQ podiam estar pensando. Foi meio devastador perceber que eu não havia sido publicamente clara sobre isso”, disse.

E daí veio a decisão de colocar os desejos e direitos dos LGBTQ muito claros nesta nova fase, lembra a reportagem citando o clipe de “You Need to Calm Down” e a carta aberta enviada a um senador pela cantora na divulgação do vídeo.

“Os direitos estão sendo retirados basicamente de todo mundo que não é um homem cis branco. Eu não sabia até recentemente que eu podia advogar por uma comunidade da qual não faço parte”, reforçou. “É difícil saber como fazer isso sem ter medo de cometer um erro que possa te congelar. Porque meus erros são altos. Quando eu cometo um erro, ele ecoa através dos cânions do mundo inteiro. É algo ‘clicável’ e é parte da minha história de vida, de carreira”.

O sexismo também esteve em pauta. Quando perguntada se ela estava ciente sobre o assunto, ela responde: “eu penso muito sobre isso. Quando eu era adolescente ouvia as pessoas falarem sobre sexismo na indústria da música e eu dizia ‘não vejo isso. Não entendo’. Então percebi que era porque eu era uma criança. Os homens na indústria me olhavam como uma criança. Eu era uma jovem magricela que os fazia lembrar mais da pequena sobrinha ou da filha do que uma mulher de sucesso nos negócios ou em uma colega. No segundo em que me tornei uma mulher, na percepção das pessoas, foi quando comecei a enxergar”, disse.

“Tudo bem infantilizar o sucesso de uma garota e dizer ‘que fofo que ela tem algumas músicas de sucesso. Que fofo que ela sabe escrever’. Mas no segundo que se tornou grandioso? No segundo que comecei a tocar em estádios, que eu comecei a me parecer uma mulher, não era mais legal. Quando comecei a lançar músicas do ‘Red’ e fazer uma passagem como ‘I Knew You Were Troube’ e ‘We Are Never Ever Getting Back Together'”, relembra.