O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) tenta aprovar na Câmara dos Deputados o projeto de lei 2578/2020, que prejudica pessoas trans no Brasil. A PL determina que “o sexo biológico e as características sexuais primárias e cromossômicas definem o gênero do indivíduo”. Na prática, a PL visa proibir que pessoas trans possam retificar seus nomes nos documentos oficiais legais. Leia a PL inteira aqui!
As Bahias e a Cozinha Mineira confrontam PL
Artistas trans como Raquel Virgínia e Assucena, do grupo As Bahias e a Cozinha Mineira, criticam o projeto de lei. Para Raquel, o projeto apresentado por Filipe Barros é um retrocesso. “Pessoas trans são perseguidas por projetos retrógrados, justamente porque somos o oposto do retrocesso – nós somos o futuro. A liberdade. Infelizmente o projeto genocida em relação as nossas vidas segue a todo vapor”, declarou ao POPline.
Assucena considera essa PL um ataque à dignidade de pessoas trans. “Faz parte de um projeto político autoritário, o qual pretende controlar as liberdades individuais e suprimir nossas identidades, para que haja apenas um padrão hétero-cisnormativo; ele desconsidera nossas existências para minar nossos direitos políticos e civis“, afirma. A cantora vê a medida como uma tentativa de aniquilar a população trans. “Alguém sem nome é alguém que não existe. É inadmissível que o Estado legisle sobre os nossos corpos, como se não soubéssemos quem somos. Eu sei quem eu sou!”, coloca.
Filipe Barros é bolsonarista
O deputado federal Filipe Barros é um grande apoiador do governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele foi eleito com 75,3 mil votos no estado do Paraná e se apresenta como conservador, de direita e “defensor da vida, da família e das crianças”. Além de integrar o PSL, é ligado ao MBL. Está sempre envolvido em polêmicas e recentemente foi obrigado pela Justiça a apagar alguns tweets ofensivos.