As cantoras baianas Luedji Luna, Xenia França e Larissa Luz estão no jornal americano The New York Times. Larissa comemorou a conquista e a visibilidade com um post no Instagram: “mulheres pretas, baianas no New York Times, TEMOS! Quando a arte atravessa fronteiras e ganha mais força ainda derrubando qualquer teoria de que a nossa unidade tem sido enfraquecida por algum motivo!”.
Veja:
Afro Brazilian music
A matéria destaca a “afro Brazilian music” – ou música afro-brasileira. “Para mim, música afro-brasileira é algo que foi criada a partir das influências cuturais trazidas aqui pela diáspora africana. Estou sempre procurando ritmos interessantes e provocativos criados por negros ao redor do mundo, mas a música que faço mudou durante a quarentena – tornou-se mais introspectiva e pensativa”, disse Larissa Luz.
Amigas afastadas por causa da pandemia
The New York Times também trata do setor da música parado, e como as três artistas estão distantes por conta da pandemia. “A última vez que vi Xenia e Larissa foi em fevereiro do ano passado, quando nos apresentamos no Carnaval em Salvador. Eu conheço Larissa desde que era adolescente, e conheci Xenia depois de me mudar para Sâo Paulo há alguns anos”, falou Luedji.
“Minha relação com música era difícil naquela época, porque eu não queria arriscar. Eu estava estudando Direito, mas vê-las fazendo música foi uma grande inspiração para mim”, completou.
Xenia França contou ao The New York Times que tinha planos para uma turnê internacional em 2020, depois de ser indicada ao Grammy. A COvid-19 mudou tudo. “O Brasil viveu a pandemia de forma extrema, o que ampliou desigualdades que sempre existiram por aqui. As pessoas se tornaram muito mais conscientes e acho que o ano passado mostrou que a única maneira do mundo mudar é quando as pessoas mudarem”, declarou.