A história de uma das casas de show mais emblemáticas do Rio de Janeiro vai virar filme. O documentário “Canecão”, com direção de Bruno Levinson – roteirista da TV Globo em programas como: “Especial Roberto Carlos”, “Show da Virada”, “Festeja”, “SóTocaTop”, “Rock in Rio”, “Lollapalooza”, entre outros. A produção será da Raccord viabilizada pelo Curta! – através do Fundo Setorial do Audiovisual -, canal em que estreará com exclusividade.
A proposta é contar a história do Canecão desde quando era uma cervejaria – e por isso ganhou esse nome -, até retratar seu auge, entre as décadas de 1970 e 1990, quando recebeu espetáculos de grandes artistas nacionais e internacionais.
Reconstrução do Canecão
Além da notícia sobre a gravação do filme, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou Projeto de Lei Complementar (PLC) 28/2021, que estabelece condições para reconstrução do equipamento cultural multiuso Canecão, em Botafogo. Inaugurado em 1967, o Canecão funcionou como um importante polo difusor da cultura carioca e nacional até o seu fechamento definitivo, em 2010.
O projeto foi aprovado em forma de um substitutivo apresentado pelas comissões de Assuntos Urbanos, de Justiça e Redação, de Administração e Assuntos Ligados ao Servidor Público e de Transporte e Trânsito, estabelecendo uma nova delimitação para a implantação do equipamento cultural, elaborada a partir de entendimentos entre a Reitoria da UFRJ, as associações de moradores da região e representantes da comunidade acadêmica da universidade, realizados a partir da Audiência Pública promovida pela Comissão de Assuntos Urbanos.
Presidente da Comissão, a vereadora Tainá de Paula (PT) destacou o intenso trabalho de diálogo conduzido na Casa entre todos os atores envolvidos, para que se chegasse ao melhor projeto possível para o retorno do equipamento cultural.
“O esvaziamento do Canecão vem sendo alvo de discussão há mais de uma década. Resgatar a importância deste equipamento e colocá-lo de volta na cena carioca é fundamental”, afirmou.
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Nova estrutura
A nova delimitação para implantação do equipamento cultural multiuso tem área de 15m², com Taxa de Ocupação de 50% e altura máxima de 20m contados a partir da cota de implantação do pavimento térreo, incluindo todos os pavimentos e excluídos os compartimentos ou equipamentos técnicos acima do último pavimento.
O substitutivo prevê também que o empreendimento contemple a oferta de local de embarque e desembarque de passageiros, de carga e descarga, além de disponibilizar vagas de estacionamento de acordo com as diretrizes a serem estabelecidas pelo órgão do Poder Executivo responsável pela engenharia de tráfego.
Por fim, a proposta prevê a apresentação de estudos de impacto sobre os efeitos do empreendimento quanto à qualidade de vida da população residente, que deverá ser apresentado ao Conselho Municipal de Política Urbana – COMPUR e aprovado pelo órgão do Poder Executivo responsável pelo planejamento urbano.